Junção da AT&T com a Time Warner é aprovada
O processo de fusão deverá ser finalizado até dia 20 de junho.
De acordo com a Variety, a junção de 85.4 bilhões de dólares da AT&T com a Time Warner, que teve início em 22 outubro de 2016, foi finalmente aprovada nesta terça-feira (12).
O juiz do caso, Richard Leon, afirmou que a decisão é definitiva e concluiu que, o governo falhou em provar que a fusão das duas empresas diminuiria substancialmente a concorrência. E segundo o advogado da Time Warner, Daniel Petrocelli, o processo deverá ser concluído até 20 de junho deste ano, para a completar a junção das companhias.
O departamento de justiça não anunciou nada sobre nenhum possível apelo e, segundo o juiz do caso, ele sugere veementemente que o governo não tente apelar ou recorrer pois poderia acarretar em atraso na fusão e, consequentemente, uma taxa de $500 milhões deverá ser atribuída caso a junção não esteja concluída até o dia 21 de junho.
O chefe da Antitrust Division (Divisão de anti-truste), Makan Delrahim, representante do Departamento de Justiça, diz estar desapontado com o resultado. Ele havia desafiado a junção vertical argumentando que quem sairia perdendo seriam os consumidores, que sem muitas opções teriam que aderir a aumentos de preços alavancados pela junção das empresas e monopolização de canais exclusivos como a HBO.
Analistas acreditam que esse resultado possa fazer com que mais empresas de televisão a cabo, de telecomunicações e de mídia sintam-se mais confiantes em combinar empresas de conteúdo com as de distribuição. Como é o caso da Comcast, que entrou com um grande lance para tentar comprar a 21st Century Fox, impedindo que a empresa seja absorvida pela Walt Disney até o momento.
Aparentemente a Verizon, outra empresa gigante norte-americana, também está à caça de uma peça chave de conteúdo. Há também especulações de que, possivelmente alguma empresa gigante de tecnologia como a Google, Apple ou Facebook estariam também em busca de adquirir algum grande estúdio de Hollywood.
Gene Kimmelman, o presidente e CEO do Public Knowledge, uma ONG que busca defender os interesses públicos nos EUA, acredita que futuramente haverá apenas três ou quatro organizações gigantes da mídia norte-americana. Ele prevê também que o setor de tecnologia deverá acelerar suas integrações. Kimmelman acredita que o setor midiático se protege por meio de consolidação, enquanto as empresas de tecnologia preferem bloquear possíveis rivais, se entrincheirando.
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