The Weinstein Company pede à corte nova-iorquina que arquive processo de agressão levantado por grupo de mulheres
Defesa da The Weinstein Company alega que processo "desafia a lógica".
A produtota The Weinstein Company pediu formalmente a um juiz federal do estado de Nova York, nos Estados Unidos, que arquive um processo aberto por um grupo de seis mulheres em dezembro do ano passado, auge do escândalo relacionado às revelações dos casos de abuso sexual perpetrados por Harvey Weinstein.
“Desafia a lógica sugerir que H. Weinstein teria de alguma forma servido os interesses da TWC ao avançar seus próprios interesses prúrigos ou que o plano de negócios da TWC era atrair atrizes potenciais para reuniões de negócios com H. Weinstein para que ele pudesse atacá-las. Dado que as Acusadoras não conseguiram alegar como a TWC teria se beneficiado ou participado de qualquer conduta alegada, é evidente que a alegada conduta de H. Weinstein foi alimentada puramente por motivos pessoais e estava fora do escopo de seu emprego.”
No caso ao qual o processo faz menção, as acusadoras Louisette Geiss, Katherine Kendall, Zoe Brock, Sarah Ann Masse, Melissa Sagemiller e Nannette Klatt processaram os irmãos Harvey e Bob Weinstein, as empresas The Weinstein Company e Miramax e diversos outros indivíduos por agressão, em um dos casos que ajudou a levantar a questão do abuso sexual na indústria cinematográfica americana. Outro processo similar foi aberto em uma corte na Califórnia.
O grupo afirma estar entre centenas de outras mulheres que foram vítimas de conduta sexual forçada e viveram com medo de serem postas em lista negra por Harvey Weinstein e pessoas ao seu redor, e que a “empresa sexual de Weinstein” é essencialmente crime organizado.
Harvey Weinstein está sendo investigado pelas polícias de Los Angeles, Nova York e Londres, apesar de ainda não ter recebido acusações formais. Ao todo, mais de 80 mulheres o acusam de assédio e abuso sexual até o momento. Através de porta-voz, ele vem negando todas as acusações. As primeiras denúncias – dentre elas a da atriz Rose McGowan (“Conan, o Bárbaro”) – foram o pontapé inicial para que várias outras mulheres tomassem coragem e pudessem falar das violências e assédios que acontecem na indústria cinematográfica. Após as acusações, Weinstein foi demitido da sua empresa e expulso das Academia de Ciências e Artes Cinematográficas dos EUA e Academia Britânica de Cinema e Televisão, responsáveis pelas premiações do Oscar e BAFTA, respectivamente.
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