Alec Baldwin defende Woody Allen das acusações de assédio
Ator diz que todas essas manifestações contra o diretor são “tristes e injustas”.
A recente onda de denúncias feitas por diversas mulheres da indústria cinematográfica, iniciadas em outubro de 2017, escancararam a gravidade dos problemas relacionados ao assédio e abuso sexual existentes em Hollywood. Entretanto, algumas denúncias já haviam sido feitas há muitos anos, como o caso do diretor americano Woody Allen (“Roda Gigante”), acusado de abuso sexual pela sua filha, Dylan Farrow. O caso havia sido esquecido por muito tempo, mas com a campanha “Time´s Up“ surgindo e com a recente declaração dos atores Timothee Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”) e Rebecca Hall (“Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas”), que doaram seus salários recebidos em trabalhos feitos com o diretor, o debate sobre o caso voltou a tona.
Na última terça-feira (16), o ator Alec Baldwin (“Saturday Night Live”) saiu em defesa ao diretor postando várias mensagens em seu Twitter. Em uma das postagens, Baldwin afirma que renúncia ao trabalho do diretor é “injusta e triste“:
“Woody Allen foi forçosamente investigado por dois estados, Nova York e Connecticut, e não foi acusado em nenhum deles. A renúncia a ele e ao seu trabalho tem, sem dúvida nenhuma, o seu propósito. Mas, para mim, isso é injusto e triste. Eu trabalhei com Woody Allen três vezes e foi um dos meus maiores privilégios da minha carreira”.
O ator argumenta ainda que as denúncias de abuso sexual não devem ser descartadas, porém ele afirma que essas acusações devem ser “tratadas com cuidado”. Baldwin ainda conclui defendendo que não se deve insistir na punição de alguém que já provou a sua inocência:
“É possível apoiar os sobreviventes de pedofilia, agressões ou abuso sexual e também acreditar que Woody Allen é inocente? Eu acredito que sim. A intenção não é descartar ou ignorar tais reclamações. Mas a acusação de tais crimes deve ser tratada cuidadosamente. Em nome das vítimas também “.
Woody Allen foi acusado de abuso quando ele teve um caso com Soon-Yi Previn, enteada da sua esposa na época, Mia Farrow. Alguns meses depois, antes dos dois assumirem um relacionamento, o cineasta foi acusado de abusar de sua outra filha, Dylan Farrow, em 1992.
O diretor negou as acusações e participou de todo o processo judicial. Em 1993, Woody Allen foi absolvido, porém seu pedido de visitação a filha foi negado. Ronan Farrow, também filho de Woody Allen e jornalista responsável pelas revelações de Harvey Weinstein para a revista New Yorker, afirma que o pai abusou, sim, da irmã. Já Moses Farrow, o filho mais velho e também terapeuta familiar e matrimonial, defende o pai e acusa sua mãe, Mia, de ter sido a responsável por toda essas acusações, já que ela não suportou a traição de Allen e Soon-Yi.
Atualmente, Woody Allen e Soon-Yi Previn são casados e tem dois filhos adotivos.
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