Em entrevista ao jornal The New York Times, a atriz e diretora Greta Gerwig (“Lady Bird: Hora de Voar“) esclareceu sua posição a respeito de trabalhar com o cineasta Woody Allen no filme “Para Roma Com Amor” em 2012. Em face dos movimentos “Time’s Up” e “#MeToo“, o renomado diretor está novamente sendo contestado por conta das acusações de assédio sexual feitas por sua filha adotiva Dylan Farrow.

Gerwig afirmou ter ficado “de coração partido” quando descobriu as acusações contra o diretor, mas também evitou manifestar diretamente arrependimento por ter trabalhado com ele. Em entrevista após a conquista do Globo de Ouro na categoria Melhor Filme de Comédia por seu filme “Lady Bird: A Hora de Voar“, a cineasta afirmou:

“Me perguntaram sobre isso algumas vezes, já que eu trabalhei com Allen em um filme lançado em 2012. Isso é algo que eu levo muito a sério, e sobre o que tenho pensado muito profundamente, mas que tem me tomado algum tempo para refletir e poder dizer o que eu realmente preciso dizer.”

Na entrevista ao periódico norte-americano, publicada nesta terça-feira (9), Gerwig enfim se posicionou a respeito de Allen:

“Posso falar apenas por mim e pelo que concluí: se eu soubesse então do que sei agora, não teria atuado no filme. Não voltei a trabalhar com ele, e não o farei novamente. As declarações de Dylan Farrow me fizeram perceber que eu fiz apenas aumentar a dor de outra mulher, algo que me deixou de coração partido. Eu cresci vendo seus filmes e eles ajudaram a me formar enquanto artista e não posso mudar isso agora, mas eu posso tomar decisões diferentes ao seguir em frente.”

Em um tweet, Dylan Farrow agradeceu Gerwig por suas palavras.

“Greta, obrigada por sua vez. Obrigada por suas palavras. Por favor, saiba que foram sentidas e apreciadas profundamente”, escreve.

“Lady Bird: A Hora de Voar”, o primeiro filme de Greta Gerwig como diretora, estreia no Brasil no dia 5 de abril de 2018.

Saiba Mais: #MeToo, Greta Gerwig, Lady Bird: A Hora de Voar, Time's Up, Woody Allen