Promovido pelo Instituto Geena Davis e pelo STIC-RJ (Sindicato Interestadual dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual), o encontro “O equilíbrio de gênero na mídia brasileira” aconteceu no dia 07 e promoveu a discussão sobre a diferença de gênero e o papel da mulher no cenário audiovisual brasileiro.

Presente no evento, a diretora da Ancine (Agência Nacional do Cinema), Rosana Alcântara, comentou sobre a presença feminina nas produções:

“Apenas 23% dos roteiros para a TV são escritos exclusivamente por mulheres e apenas 19% das direções são exclusivamente  femininas. No cinema, 40% dos longas-metragens foram produzidos por mulheres. Temos caminhado lentamente, mas é o início de um processo para conseguirmos cada vez mais papéis femininos representativos”.

Madeline Di Nonn, presidente do Instituto Genna Daviso, divulgou resultados de um estudo recente feito em nove países, que mostra que 80% das mulheres brasileiras consideram muito importante a presença de personagens femininos no cinema e na TV e que 69% delas consideram que há falta de personagens femininos representativos nessa área. Um terço disse ter saído de um relacionamento abusivo, inspiradas em personagens femininos.

“O impacto que a mídia tem nas pessoas é muito forte, principalmente sobre as crianças. A disparidade de gênero é enorme e isso se reflete na maneira como a mulher é valorizada na sociedade. As pesquisas e os dados têm servido para colocar a questão do gênero na agenda e evidenciar essas disparidades“, disse ela.

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