Uma das figuras mais icônicas do cinema asiático, Run Run Shaw, faleceu na última terça-feira (o7) aos 106 anos, em sua residência em Hong Kong. Magnata das comunicações, Shaw foi um dos responsáveis pela popularização dos filmes de artes marciais chineses no ocidente. A informação foi dada pela TVB, rede de televisão local.

Começou seu trabalho ao lado dos irmãos abrindo salas de cinema na China, Singapura, e Malásia, até que em 1958 abriu sua própria produtora, a Shaw Brothers, responsável pela realização de quase mil longa-metragens. Mas o legado de Shaw para o cinema não se restringe apenas ao mercado asiático. Em seus estúdios surgiram  alguns talentos bastante populares como Jackie Chan (“A Hora do Rush”) e Cho Yun-Fat (“O Tigre e o Dragão”), por exemplo. Porém nunca conseguiu convencer o astro Bruce Lee (“Operação Dragão”) a trabalhar ao seu lado.

Foi o criador do gênero Wuxia, estilo que influenciou a carreira de Quentin Tarantino (“Django Livre”), assumidamente um fã do gênero, amplamente homenageado em “Kill Bill – Vol. I”. Notabilizou-se por apostar na carreira de Ridley Scott (“O Conselheiro do Crime”), sendo o principal investidor e co-produtor de “Blade Runner – O Caçador de Andróides”, de 1982,  um dos primeiros filmes do consagrado diretor.

Shaw foi conhecido também por seu trabalho filantrópico. Em 1974, quando Hong Kong ainda fazia parte da administração britânica, Shaw recebeu da Rainha Elizabeth II o título de “Sir”.

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