“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” foi exibido para a imprensa nos EUA e as primeiras avaliações começaram a ser liberadas. A maioria das críticas elogiam o grande visual do filme, mas criticam a tecnologia dos 48 frames por segundo, o que causa um enorme realismo. Por outro lado, perde a “textura” do cinema tradicional e se assemelha bastante a uma imagem televisiva de alta definição. O realismo é tanto que alguns comentam que pareciam estar vendo algo como uma peça de teatro ao vivo.

James Rocchi, do site Boxoffice Magazine, criticou a tecnologia dos 48 fps:

“Peter Jackson parece apaixonado pelos 48 frames por segundo, mas eu não posso imaginar o motivo. Para mim, ele virou um filme com erro do projecionista. Eu queria pedir ao projecionista para checar o equipamento, mas na verdade, eu deveria apenas perguntar a Jackson porque ele queria que seu blockbuster de US$ 270 milhões parecesse um filme de TV…

…Vamos ser honestos: Tolkien está no topo da lista de escritores que são amados, mas que possui livros mal escritos. Tolkien poderia inventar nomes e idiomas, mas ele não conseguiu criar um enredo com uma arma. Todas e quaisquer crises em ‘O Hobbit’ são resolvidas por Gandalf lançando um feitiço que ele poderia ter lançado 10 minutos antes.

‘O Hobbit’ é bom o suficiente para torná-lo consciente de como ele poderia ter sido muito, muito melhor“.

Germain Lussier, do site SlashFilm, diz que Jackson teve que frear a ação:

“As duas sequências são os maiores problemas do filme. Até certo ponto, Jackson esquece que ele tem mais dois filmes para lançar e quando lembra, acaba usando os freios. Tangentes aparecem do nada, cenas de diálogos são esticadas até o infinito e sequências de fuga empolgantes são constantemente repetidas. Boa parte do filme parece que está propositadamente tentando protelar a busca dos anões.

…’O Hobbit: Uma Jornada Inesperada’ é muito divertido. Fãs de Jackson, Tolkien e ‘O Senhor dos Anéis’ vão se divertir. No entanto, ele é longo e irregular, o que o impede de alcançar as alturas no primeiro retorno de Jackson a Terra-Média após a trilogia”.

Jordan Hoffman, do site ScreenCrush, falou sobre a estranheza da nova tecnologia:

“O filme em 48 frames por segundo (fps) é bom? Não é um caso de bom ou ruim. É uma escolha estética. Na verdade, eu achei uma distração. Quando Ian Holm estava falando no início, eu não conseguia ouvir uma palavra dele, porque tudo parecia tão incomum e isso prendeu minha atenção. Aqui estão algumas coisas que você pode esperar:

– Quando as pessoas correm, parece que eles estão no ‘Benny Hill Show’;

– Fogo parece estranho. Como resultado, um momento que deveria ser de triunfo, acaba sendo pateta. É tão estranho e incomum, que parece um pouco… barato;

As pessoas interessadas em tecnologia devem assistir em 48fps (que é comercializado como HFR 3D). Pessoas que procuram apenas ver um grande filme, devem apenas vê-lo em 24fps. É claro, quem procura um grande filme vai se decepcionar. ‘O Hobbit: Uma Jornada Inesperada’, apesar de seus muitos truques, é apenas um filme bom“.

Jim Vejvoda, do site IGN Movies, falou sobre as piadas do longa:

“Para um filme que é mais infantil do que seus antecessores – há piadas de arrotos para fazerem as crianças rirem -, vai ser interessante ver se os jovens terão paciência para assistirem este filme… Os anões são, essencialmente, piadas visuais. Embora seja compreensível que a maioria deles não mereçam atenção. Devido ao grande número de personagens, os únicos que realmente ganham destaque são Thorin, Balin, Bofur e Kili…

…Este é um filme muito bom e divertido, mesmo que isso não seja o bastante para retornar a maravilhosa ou mística da trilogia ‘O Senhor dos Anéis’. Com falhas e tudo, porém, é muito bom estar de volta a Terra-Média. É um pequeno milagre ver ‘O Hobbit’ em tela grande, por isso estamos agradecidos por ele ter acontecido e aguardando ansiosamente pelos outros dois filmes da trilogia“.

Katey Rich, do site CinemaBlend.com, diz que Martin Freeman vale o filme:

“‘O Hobbit: Uma Jornada Inesperada’ chega aos cinemas sob um peso brutal das expectativas, não só porque vem depois da trilogia ‘O Senhor magnífico dos Anéis’, mas porque sabemos que vão vir mais dois filmes nesta adaptação de um romance tão curto.

Martin Freeman é uma presença bem nervosa e de raciocínio rápido, que leva um tempo para o seu Bilbo abraçar o chamado para a aventura, mas com o tempo ele faz e se mostra como um cara que vale a pena seguir por mais dois filmes.

Eu vi uma viagem inesperada no muito elogiado 48 quadros por segundo e em 3D, uma experiência que eu recomendo, mas talvez apenas em uma segunda assistida“.

Todd Gilchrist, do site Celebuzz, critica o tamanho do filme para tão pouca história:

“‘O Hobbit’ não é um filme mal feito – de fato, muito pelo contrário. Mas é uma história de duas horas no corpo de uma história de duas horas e 40 minutos, e qualquer um que não é um consumidor de Tolkien parece provável se questionar por que eles estão assistindo tanta história que parece tão sem importância, e por tanto tempo. De toda forma, ‘O Hobbit’ é um bom começo para o que será certamente uma série que trará plena satisfação aos fãs“.

A história de “O Hobbit” narra a aventura de Bilbo na época em que conhece o mago Gandalf, o Cinzento (Ian McKellen, o Magneto da trilogia “X-Men”). Acompanhado pelo anão Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage, de “Capitão América: O Primeiro Vingador”) e mais doze companheiros, o mago pede ajuda a Bilbo (Martin Freeman, o Dr. Watson da série “Sherlock”) para invadir a toca do perigoso dragão Smaug e recuperar um tesouro valioso da família de Thorin. Durante essa aventura, Bilbo encontrará um anel, cujo poder ele ainda desconhece.

O elenco do filme traz ainda muitos outros atores egressos da trilogia “O Senhor dos Anéis”, como Cate Blanchett (“O Curioso Caso de Benjamin Button”), Andy Serkis (“Planeta dos Macacos: A Origem”), Orlando Bloom (“Cruzadas”), Hugo Weaving (“O Lobisomem”), Christopher Lee (“Sombras da Noite”), entre outros.

“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” vai estrear no dia 14 de dezembro no Brasil. A continuação, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” chega aos cinemas em 13 de dezembro de 2013. O último filme da trilogia, “O Hobbit: Lá de Volta Outra Vez”, chegará aos cinemas entre junho e agosto de 2014.

Saiba Mais: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada [2012]