Warner está insatisfeita com roteiro de Akira e aguarda novas ideias
Orçamento não seria o problema, já o roteiro não agrada o estúdio.
A produção do filme baseado nos quadrinhos e no anime japonês “Akira” encontra mais uma pedra em seu caminho pelas colinas de Los Angeles: a cúpula da Warner Bros. Os figurões do estúdio hollywoodiano detentor dos direitos sobre a produção, ao que parece, não estão nada contentes com os roteiros apresentados até agora e querem ver novos projetos antes de dar sinal verde para as filmagens.
Chegou-se a cogitar nos bastidores que o maior problema de “Akira” seria o orçamento visto como alto demais (US$ 90 milhões) – o qual já havia sido enxugado. Não foi o caso, garante a Variety, que conversou com fontes da cúpula da Warner. O problema, para os manda-chuvas, é feito de tinta, papel e imaginação. Roteiros e mais roteiros foram entregues, lidos e rejeitados. Roteiristas, engavetados, e dinheiro, bastante dinheiro, pago a Steve Kloves e David James Kelly para que dessem um trato nos calhamaços de scripts. Sem sucesso.
A alternativa encontrada foi parar a pré-produção já em curso e procurar outro roteirista para trabalhar no filme de Jaume Collet-Cera (“A Casa de Cera“) dentro das próximas duas semanas. Enquanto isso, segue a busca do estúdio por um co-protagonista – o papel principal é de Garret Hedlund (“Tron – O Legado“). A dúvida está entre Michael Pitt (“Os Sonhadores“) e Dane DeHaan (da série “True Blood“).
“Akira” será baseado no famoso mangá cult do escritor Katsuhiro Otomo, publicado entre as décadas de 80 e 90 no Japão. Totalizando seis volumes publicados, a história se passa em Neo-Tóquio, cidade reconstruída a partir dos destroços da Tóquio original após a explosão que deu origem à III Guerra Mundial, supostamente causada por uma criança com poderes sobrenaturais chamada Akira, parte de um projeto ultrasecreto do governo japonês. Kaneda é o líder adolescente de uma das muitas gangues de motoqueiros da cidade e, em meio a uma disputa com uma gangue rival, o membro mais jovem de sua gangue, Tetsuo, colide com uma criança misteriosa numa auto-estrada.
O contato com a criança, um dos sujeitos de teste do mesmo projeto governamental que criou Akira, acorda os poderes psíquicos de Tetsuo e ele é levado pelo governo, obrigando seu amigo Kaneda a tentar salvá-lo e, no processo, impedir que Tetsuo cause outro incidente como o de Akira. O mangá originou em 1988 um filme em animação escrito pelo próprio Otomo, mas com final diferente do mangá, que na época ainda não havia sido terminado.
Diferentemente da original que se passa em Neo-Tóquio, a versão live-action e estadunidense de “Akira” se passará em Neo-Manhattan. O longa ainda não tem data de lançamento. Deveria começar a ser filmada em março deste ano, maso início deve ser postergado, ainda mais agora com os novos percalços.
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