Jurassic World: Domínio | Sam Neill fala sobre experiência de reprisar papel de Alan Grant no novo filme da franquia
Ator reprisa o papel quase trinta anos depois do original, e vinte e um anos depois de sua última participação na franquia.
Ninguém se move! Os dinossauros estão de volta, agora em maior número e espalhados por todo o mundo. A franquia “Jurassic Park” continua com seu sexto filme, e terceiro da trilogia “World”, quatro anos depois de “Reino Ameaçado” e quase trinta anos depois do filme original dirigido por Steven Spielberg. Quem estava lá desde o início era Sam Neill, que consagrou o paleontólogo Alan Grant como um dos maiores protagonistas da cultura pop, e agora retorna em “Jurassic World: Domínio”.
Não só ele, mas também Laura Dern e Jeff Goldblum completam o trio principal apresentado em 1993, e eles se juntam aos vários personagens da nova trilogia. Claro que os ávidos fãs da franquia estão ansiosos para ver essa dinâmica novamente, e eles serem recompensados. Em entrevista exclusiva concedida ao Cinema Com Rapadura pela Universal Pictures, Neill falou sobre sua experiência de retornar ao papel de Alan Grant no filme dirigido por Colin Trevorrow.
Leia a entrevista abaixo.
Qual foi sua reação quando você ouviu pela primeira vez sobre a possibilidade de voltar para a franquia “Jurassic Park” para interpretar o querido paleontólogo Dr. Alan Grant novamente?
Alan provavelmente tem trauma de ter de fugir de alguns dos dinossauros mais selvagens conhecidos pela humanidade, mas pessoalmente, eu não poderia estar mais feliz por ter sido convidado a voltar e trabalhar com meus velhos amigos em uma franquia que eu sempre tive prazer e orgulho de fazer parte. Então, eles desenterraram meu antigo personagem, que ainda pode correr mais ou menos nos caminhos mais difíceis se estiver sendo perseguindo.
Falando em desenterrar as coisas, a paleontologia é um assunto que lhe interessa?
Se fosse para desenterrar as coisas, acho que a arqueologia teria sido mais do meu interesse, pois sou muito envolvido com História de todos os tipos. Também não tenho inclinação científica porque não tenho matemática para isso. Então, a paleontologia provavelmente não seria para mim; mas vejo a atração disso, e sempre me surpreendo com as correspondências que recebo de pessoas que amam o assunto por causa de Alan Grant. Essa é outra contribuição que esse personagem fez, além de seu puro valor de entretenimento quando ele está gritando e correndo.
Ele é um ótimo personagem. Como você o vê?
Eu o vejo como sendo levemente mal-humorado, mas no geral, um ótimo cara. Ele é um cara normal com um chapéu, porque de fato ele usa um ótimo chapéu.
Ele tem um reencontro mágico aqui com a Dra. Ellie Sattler. É maravilhoso ver como um relacionamento que remonta ao “Jurassic Park” original se reacende neste episódio final da saga.
Olha, muitas vezes há um pouco de história de amor como uma história secundária nesses filmes, e acho que fica mais aparente neste final. Estes são dois personagens – Ellie e Alan – que têm muito em comum.
Como foi se reunir com Laura Dern, que retorna ao papel?
Laura e eu sempre nos demos muito bem, e adoramos atuar juntos. Então, reencontrar ela neste filme foi um enorme prazer. Ela é uma amiga muito querida e uma atriz fantasticamente competente, imaginativa, viva e presente. Ter tido o privilégio de ter trabalhado com ela – não uma, mas três vezes – foi uma das grandes alegrias da minha vida.
E é um privilégio para o público ver os três personagens principais do filme original juntos novamente em “Jurassic World: Domínio”, com Jeff Goldblum retornando ao papel de Dr. Ian Malcolm também, o que traz aquela divertida dinâmica triangular entre vocês três de volta.
Alan Grant e Ian Malcolm sempre têm uma relação de amor e ódio com a qual é divertido trabalhar, para mim. E acho que Jeff e eu temos um relacionamento semelhante porque, embora eu goste muito dele, ele também pode me deixar louco às vezes, já que sou uma pessoa meio quieta e ele nunca se cala. Eu falo muito pouco, e ele enche o ar com “Goldblumismos”. Eu amo seu valor de entretenimento, porque quando ele está ligado, tudo se transforma e a vida é muito vívida. Eu só não consigo falar uma palavra!
Como Alan se sente ao lidar com dinossauros novamente, com o desafio adicional de tê-los agora vagando livremente pelo nosso mundo?
Pobre Alan Grant… Toda vez que ele é puxado para essas coisas é, “Oh meu Deus, e agora?” Essa é a grande questão. Tudo o que posso dizer é que será ainda mais aterrorizante do que ele já experimentou. Se ele sobreviver a este filme, ele provavelmente fará algum tipo de terapia profunda para se recuperar do trauma, mas antes disso ele terá que lidar com uma jornada difícil e áspera.
E como foi a jornada das gravações para você desta vez?
Esta foi uma filmagem como nenhuma outra, realmente, porque quando começou, a pandemia aconteceu sobre o mundo e tudo foi fechado. Na época, nenhum de nós sabia se voltaríamos ao trabalho; mas o fizemos, eventualmente, sob circunstâncias muito restritas. Todos nós moramos juntos por cerca de três ou quatro meses, principalmente neste hotel, e não tínhamos contato com o mundo exterior além de nossos telefones celulares. Trabalhamos muito e confiamos uns nos outros; então, foi uma coisa boa que todos nós nos demos bem porque poderíamos ter enlouquecido um ao outro completamente. Isso significou formar amizades para toda a vida e produzir um filme em que acho que o compromisso e o trabalho duro que realmente valeram a pena. “Jurassic World: Domínio” é uma produção épica.
Você trabalhou com alguns grandes cineastas. O que você acredita que Colin Trevorrow conseguiu com “Jurassic World: Domínio”?
Eu só acho que ele fez uma coisa extraordinária aqui. Nunca vi uma ação assim. É completamente outro nível de qualquer coisa que eu experimentei antes. Colin é um cineasta extraordinário e fez um trabalho fenomenal com este filme. E porque o considero meu amigo, também estou muito orgulhoso dele.
Como foi filmar toda a ação e a interação com esses dinossauros aterrorizantes novamente?
Tínhamos cerca de 120 cenários e todas essas criaturas tridimensionais. Então, a combinação entre os animatrônicos e os efeitos gerados por computador cria uma realidade que eu não acho que você possa conseguir de outra forma. Não é tela verde seguida por pessoas em computadores. As criaturas estão lá e são tão alarmantes para o ator quanto para todos os outros.
A franquia “Jurassic Park” se conectou com o público em todo o mundo. Você poderia imaginar, quando trabalhou no filme original há trinta anos, que seria o que se tornou?
Trinta anos atrás, eu nunca teria imaginado que estaria sentado aqui agora falando sobre o 6º filme “Jurassic Park”. Naquela época, eu estava no Havaí pensando: “Uau, estou em um filme de Steven Spielberg! Como isso aconteceu?” E aqui estamos nós novamente agora.
A que você atribui esse sucesso de 3 décadas?
Acho que naquela época Steven definiu o modelo para o que se tornaria. Sempre tivemos um elenco maravilhoso, e esses filmes funcionam tão bem para crianças quanto para adultos, o que é uma coisa muito rara. Também tivemos vilões fabulosos, que acrescentaram muito. E também quero prestar meus respeitos a todas as pessoas que foram comidas por dinossauros. Muitas pessoas contribuíram para isso, porque são as pessoas que, em última análise, dão acesso a essas histórias. Mais do que qualquer outra coisa, esses filmes são apenas grandes aventuras, e este último é provavelmente a maior aventura de todas.
==
“Jurassic World: Domínio” estreia nesta quinta-feira, 2.
Saiba Mais: Jurassic World: Domínio, Sam Neill, Universal Pictures