Cinema com Rapadura

OPINIÃO   quinta-feira, 21 de março de 2024

Donzela (2024): Netflix investe em fantasia com Millie Bobby Brown, mas não dá liga!

Dizem que "de boas intenções o inferno está cheio". A frase se aplica perfeitamente aqui.

Que Millie Bobby Brown é um estrela, isso ninguém duvida. A protagonista de “Stranger Things” já provou que consegue fazer muito sucesso além da série, quando atuou e produziu os dois filmes da franquia “Enola Holmes”. Qualitativamente é outra história. A atriz está presa em um personagem que se repete em praticamente tudo que ela faz: alguém indefesa que em algum momento explode. “Donzela” não foge muito dessa premissa e que por mais que tenha boas intenções, não consegue entregar de forma positiva.

Na trama, uma jovem (Millie Bobby Brown) concorda em se casar com um belo príncipe (Nick Robinson, de “Com Amor, Simon”), apenas para descobrir que tudo não passou de uma armadilha. Ela é jogada em uma caverna com um dragão cuspidor de fogo e deve confiar apenas em sua inteligência e vontade para sobreviver.

O destaque acaba sendo para Robin Wright (“House of Cards”), que interpreta “a rainha má” como deve ser. Aliás, como a atriz entrega boas vilãs né? Visualmente, a dragoa é o grande destaque do filme (quando a gente consegue ver), pois todos os cenários são extretamente artificiais, algo bem padrão de muitas produções da Netflix. De vez em quando o visual é tão artificial, que parece impossível que alguém tenha aprovado o lançamento desse filme. Por outro lado, em alguns poucos momentos, o visual chama a atenção. Parece até que foram feitos por estúdios diferentes. Millie Bobby Brown faz o básico de sempre e entrega o suficiente para sua atuação não ser desastrosa. Quanto a história, a ideia é boa, mas fica no simples e nada muito empolgante. Faltou sair do lugar comum.

Jurandir Filho
@jurandirfilho

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