Mudança no mercado de literatura fantástica nacional. E isso impacta na gente. Por quê?
O que vem por aí?
O ano de 2013 foi espetacular para a literatura fantástica do Brasil. O ano nem acabou, mas vimos uma série de eventos lotados, bienais batendo recordes de publico, livros do gênero sendo bastante vendidos, autores novatos aparecendo e causando um rebuliço. Parece que abriram os olhos para esta galera! Uma das perguntas mais comuns entre donos de livrarias e frequentadores é: “Quem são essas pessoas que eu nunca ouvi falar e estão lotando os auditórios?“. Pois é, estas pessoas já não são tão desconhecidas. Eduardo Spohr abriu o mercado lançando livros que o povão nerd adorou (e foi além). André Vianco já estava no batente há mais tempo e trouxe junto para esta nova onda de autores a experiência e qualidade de sempre. Leonel Caldela já era conhecido no universo do RPG e agora atrai a atenção de vários apaixonados pelo gênero fantástico.
Recentemente, o mago Paulo Coelho cancelou a sua participação na Feira de Frankfurt por causa da falta de grandes nomes da nossa literatura fantástica. O Ministério da Cultura tinha 70 vagas e excluiu praticamente todos os jovens escritores que estão sacudindo o mercado editorial.
“Falei publicamente e conversei com muitos colegas escritores que não foram convidados para Frankfurt como Eduardo Spohr, Carolina Munhóz, Thalita Rebouças, André Vianco, Felipe Neto e Raphael Draccon, só para mencionar alguns nomes. Eu tentei ao máximo levá-los para a feira, mas sem sucesso. Então, por protesto, eu decidi não ir mais para Frankfurt“, disse.
Quem são estas pessoas que estão conseguindo atrair tanto a atenção da mídia?
Eu queria falar dos QUATRO. É com muito orgulho que posso dizer que quatro autores fantásticos fazem parte do time do RapaduraCast (em 2014 serão CINCO). Começo por Raphael Draccon. Ele e sua trilogia “Dragões de Éter” possuem inúmeros fãs. “Fios de Prata” trouxe a nostalgia de um grande jogador virtual e fez uma grande homenagem a Sandman. Com muito esforço e dedicação, conseguiu realizar um sonho de todo autor: além de continuar escrevendo seus livros, ganhou um selo onde virou editor e passou a escolher quem seria publicado. Uma baita responsabilidade que consumiu muito tempo e paciência. Obviamente que este cargo iria irritar muitas pessoas, afinal tem muita gente querendo ter seu livro publicado. Draccon foi autor da editora Leya por muito tempo, foi o responsável por trazer os livros de Game of Thrones para o Brasil e foi editor do selo Fantasy – Casa da Palavra.
Carolina Munhóz já havia publicado o seu “A Fada“. Martha Ribas (editora-chefe da Casa da Palavra) trouxe a Carol para a Fantasy. Na editora, aconteceu publicação de uma nova edição do seu primeiro livro, lançou “O Inverno das Fadas” e “Feérica“. Todos sucessos de vendas. A Carol tem um poder gigantesco de conseguir atrair as jovens e sempre passando as suas experiências e gostos em cada letra dos seus livros. Ela também trabalhou por muito tempo na assessoria da Fantasy.
Fábio M. Barreto já era conhecido por seus trabalhos como jornalista e correspondente internacional. Entrevistou os principais nomes de Hollywood para muitos jornais e revistas. Draccon sabia do potencial do Barreto em contar uma grande história, e trouxe para Fantasy o autor para lançar o seu primeiro pelo livro: “Filhos do Fim do Mundo“. Um trabalho extremamente elogiado pelos leitores.
Finalizando os QUATRO RAPADURIANOS, Affonso Solano começou a mostrar para todos que, além de ser um ilustrador talentoso e um grande comunicador (no RapaduraCast e MRG), sabia contar histórias como ninguém em textos publicados na sua coluna no Techtudo. Draccon não pestanejou e trouxe o Fonsin para o selo Fantasy. “O Espadachim de Carvão” foi um megasucesso de vendas e recebeu muitos elogios. Este é o primeiro de uma série.
Tudo parece perfeito, né? Nem tudo. Draccon estava ficando tão atarefado com suas novas funções, que estava deixando de lado o seu maior talento: escrever. O tempo foi ficando curto e os projetos do autor foram ficando em segundo plano. Até que tudo mudou…
Há poucos dias foi anunciado que Raphael Draccon e Carolina Munhóz vão inaugurar selo de literatura fantástica da Editora Rocco. E como autores. Sim, Draccon deixou o selo Fantasy e a editora Leya para focar 100% em seus novos livros. Assim como a Carol que disse que vai escrever uma trilogia. A dupla vai inaugurar, em 2014, o selo de literatura fantástica, que tem em seu catálogo autores como André Vianco e Leonel Caldela. Não preciso nem dizer que a Rocco é a editora responsável pela publicação dos livros da série Harry Potter e Jogos Vorazes, além de obras de Anne Ricce e Neil Gaiman, né?
Por que isso muda tudo? Uma mudança de editora sempre traz um novo fôlego. Draccon e Carol saem da Fantasy, que continua a todo vapor. Mas e os outros autores? Qual será o futuro deles? Por qual selo vão sair seus novos trabalhos? Tenho algumas informações de que o Solano e o Barreto continuam na Fantasy/Casa da Palavra para lançar seus novos trabalhos.
O certo é que 2014 promete trazer MUITOS livros bons para os adoradores da literatura fantástica. É, essa galera não é uma modinha passageira. Eles vieram para ficar e fazer muito barulho.
PS: E digo mais! O novo livro do Draccon vai arrebentar em todas as livrarias e vai ser mais procurado que água no deserto. PROMETO PELA FORÇA DE UM DRAGÃO! Aliás, de ALGUNS DRAGÕES!
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