Cinema com Rapadura

Notícias   quarta-feira, 02 de maio de 2012

Bruno Barreto enfrenta dificuldade em captar recursos para Flores Raras

Longa mostrará a história real de amor entre arquiteta brasileira e poetisa americana.

O cineasta brasileiro Bruno Barreto (“O Que É Isso, Companheiro?”) falou à Folha de S. Paulo sobre a dificuldade em captar recursos para seu próximo filme, intitulado “Flores Raras”. Com orçamento previsto em R$ 10 milhões, o longa mostrará a história real de amor entre a arquiteta carioca Lota de Macedo Soares e a poetisa americana Elizabeth Bishop, no Rio de Janeiro dos anos 1950. Segundo o diretor, a produtora LC Barreto tem enfrentado problemas para conseguir patrocínio para o filme, principalmente por causa da temática homossexual do drama.

“Não conseguimos um tostão de nenhuma empresa. O dinheiro que temos até agora é do Fundo Setorial, do BNDES, de instrumentos estatais e da Globo Filmes, Telecine e Imagem Filmes”, afirmou o cineasta ao jornal paulista.

Baseado no livro “Flores Raras e Banalíssimas”, de Carmen Oliveira, e roteirizado por Carolina Kotscho, o filme retratará a relação amorosa de Bishop, uma das mais importantes poetisas de língua inglesa no século XX, vencedora do prêmio Pulitzer em 1956, e Soares, paisagista que foi uma das idealizadoras da visionária obra do Aterro do Flamengo, que liga o Centro à Zona Sul do Rio de Janeiro e é o maior aterro urbano do mundo. As duas se conheceram quando Bishop fazia uma viagem à América do Sul e acabaram vivendo juntas entre 1952 e 1965. O relacionamento terminou de forma trágica, com o suicídio da arquiteta carioca.

A atriz Glória Pires (“O Quatrilho”) foi escalada para viver Lota, enquanto Bishop será interpretada por uma atriz internacional ainda não confirmada. Segundo Barreto, o filme será rodado. Por retratar um momento importante da história do Rio de Janeiro, com a decisão do governador Carlos Lacerda em levar adiante uma obra de infra-estrutura considerada ousada para a época, a produção do longa tentará captar apoio da prefeitura do Rio, que já sinalizou interesse, e do governo estadual, que ainda não tomou uma posição sobre o projeto.

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Túlio Moreira
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