Disney busca cortar US$ 5.5 bilhões em gastos e demite 7 mil funcionários
Previsão é de que os resultados do corte se materializem até 2024.
>(Imagem: divulgação/Disney)
Em sua primeira reunião com acionistas desde reassumir o cargo de CEO da Disney, Bob Iger não teve muitas boas notícias para dar. A empresa demitiu 7 mil funcionários, e pretende reduzir US$ 5.5 bilhões em gastos, incluindo US$ 3 bilhões em conteúdo.
‘Tenho enorme respeito e gratidão pela dedicação dos nossos funcionários mundo afora. Apesar de isso ser necessário para lidar com os desafios que enfrentamos hoje, não tomo essa decisão levianamente,” diz Iger. As demissões surpreenderam o mercado, apesar de parte delas já ser esperada. A Disney já havia interrompido seu processo de contratações desde 2022, algo iniciado pelo antigo CEO Bob Chapek e mantido por Iger.
A Disney é o mais recente conglomerado a recorrer a demissões em massa. A concorrente Warner Bros. Discovery também reduziu sua equipe em agosto em 2022 após o CEO David Zaslav assumir, com a promessa de reduzir gastos em US$ 3.5 bilhões. Na indústria, os desafios aumentam para streaming, publicidade e preços de ações, dado que os gastos desenfreados com novos conteúdos não foram acompanhados pelos resultados financeiros.
A CFO da Disney, Christine McCarthy, explicou que os custos não relacionados ao conteúdo são 50% de marketing, 30% de mão de obra e 20% de tecnologia, compras e outras despesas. Um bilhão foi incluído na orientação do último trimestre de que a receita operacional do segmento de 2023 deve crescer na faixa percentual alta de um dígito. A previsão é de que os resultados do corte se materializem até 2024.
Em contrapartida, Iger anunciou na mesma reunião a produção de novos filmes das franquias “Toy Story“, “Frozen” e “Zootopia“, campeãs de bilheteria com mais de US$ 1 bilhão arrecadado cada.
