Warner Bros. Discovery pretende fazer uma grande revisão no universo da DC Entertainment
Notícia vem uma semana após a conclusão da aquisição da WarnerMedia pela Discovery.
(Imagens: divulgação/Warner Bros. Discovery, reprodução/Warner Bros. Discovery)
O universo da DC Entertainment pode passar por uma grande mudança. Mais uma. Segundo a Variety, a Warner Bros. Discovery está insatisfeita com os rumos da marca nos cinemas e pretende fazer uma grande revisão em como a marca se posiciona no mercado.
A notícia vem após a conclusão da aquisição da WarnerMedia pela Discovery – gerando o novo conglomerado Warner Bros. Discovery – pelo valor de US$ 43 bilhões. A fusão traz para a mesma casa os canais CNN, TBS, TNT da WarnerMedia e HGTV, Food Network e Discovery Channel da Discovery, além da própria Warner Bros., e os serviços de streaming HBO Max e Discovery+.
Apesar de boa parte da direção da Warner permanecer em seus cargos, a nova liderança, chefiada pelo CEO David Zaslav, vem considerando a ideia de tornar a DC Entertainment sua própria linha de conteúdo consolidado. Para isso, a peça chave seria uma liderança criativa e estratégica tal qual a de Kevin Feige na rival Marvel Studios. Zaslav chegou a considerar a executiva Emma Watts (com experiência em 20th Century Studios e Paramount) para o cargo, mas ela não deve aceitar. A intenção não é encontrar exatamente um guru criativo, mas alguém que tenha a experiência necessária em administração para manter a diferentes linhas da DC trabalhando alinhadas.
Para Zaslav, o sucesso da fusão entre Warner e Discovery depende em boa parte do sucesso do universo DC. Executivos da Discovery acreditam que, apesar de a marca ter tido sucesso nos cinemas com filmes como “Aquaman” e o novo “Batman“, ainda lhe falta uma estratégia coerente de marca e criação. Para a nova liderança, personagens de primeira linha, como o Superman, foram deixados de lado e precisam ser revitalizados. Eles também acreditam que projetos como “Coringa” são o exemplo definitivo de como personagens da segunda linha da DC podem e devem ser utilizados, com a Harley Quinn de Margot Robbie sendo outro exemplo.
Enquanto as mudanças são planejadas, a DC vem enfim entendendo como seus filmes para os cinemas podem gerar mais conteúdo para streaming. Exemplos recentes incluem “Pacificador“, série spin-off de “O Esquadrão Suicida“, e as séries planejadas por Matt Reeves sobre o Pinguim de Colin Farrell e o Asilo Arkham, todas para o streaming HBO Max. A marca conseguiu um pouco mais de consistência após Walter Hamada assumir a gestão da DC Films em 2018 – apesar das polêmicas com o ator Ray Fisher. Ele tem contrato até o fim de 2023, e pode ter um papel fundamental nas mudanças pretendidas pela Discovery.
Zaslav se comprometeu a cortar custos na nova empresa para gerar um valor da casa dos US$ 3 bilhões, indicando o quão importante esse tipo de estratégia é para os novos donos. Garimpar a galeria de personagens da DC pode ajudar no controle de gastos já que a Warner Bros. Discovery é a dona dessas propriedades, segundo relatos.
Enquanto isso, a DC Films segue planejando seu futuro nos cinemas conforme a estratégia anterior. Entre os próximos lançamentos estão “Shazam! Fúria dos Deuses“, “Aquaman e o Reino Perdido“, “Adão Negro” e “Mulher-Maravilha 3“.
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