Algumas necessárias medidas preventivas para evitar o avanço da pandemia do COVID-19 – como o fechamento de cinemas, cancelamentos de estreias e paralisação de filmagens – representam significativas perdas financeiras para a indústria cinematográfica como um todo. Já a Disney, no caso, enfrenta ainda prejuízos em outros setores do entretenimento. Após a compra da Fox, a empresa se tornou o maior conglomerado do planeta. Nesse sentido, a interrupção de eventos esportivos e do funcionamento de seus parques temáticos e hotéis também afeta os cofres da corporação.

Nesse cenário, Bob Iger, presidente executivo da Disney, renunciou ao pagamento integral de seu salário. Os valores recebidos por Iger em 2019 somaram a quantia de US$ 47,5 milhões. Enquanto isso, o recém nomeado diretor executivo da companhia, Bob Chapek, anunciou a seus funcionários que cortes salariais serão feitos. Todos os vice-presidentes terão seus proventos reduzidos em 20% e os vice-presidentes sênior receberão 25% a menos. Já os vice-presidentes executivos e aqueles que ocupam cargos acima desta posição, terão abatimento de 30% em seus salários atuais. Em declaração oficial, Chapek afirmou (via THR):

“Enquanto navegamos por essas águas desconhecidas, estamos pedindo a colaboração de vocês e, como sempre, vocês estão enfrentando o desafio e nós agradecemos o apoio. A dedicação e resiliência de todos durante esse difícil período são verdadeiras inspirações e isso me dá uma confiança renovada de que ao final dessa crise estaremos ainda mais fortes do que antes […]”

O próprio Chapek passará a receber metade do que é pago hoje. O salário base de Chapek é de US$ 2,5 milhões, com um bônus de meta anual de US$ 7,5 milhões, além de uma concessão anual de incentivo a longo prazo de US$ 15 milhões. O corte de 50% se aplica ao salário-base, e não a todo o pacote de remuneração.

A mudança de valores na folha de pagamentos da Disney terá validade a partir de 5 de abril.

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