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Notícias   quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Produtora da franquia 007 diz que “Bond pode ser de qualquer cor, mas deve ser homem”

Produtora reforça que não tem interesse em transformar um papel masculino em feminino, e sim criar novas personagens para mulheres.

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Em entrevista à Variety, os produtores da franquia “007”, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson comentaram como um todo sobre a franquia e seus mais de 50 anos, e falaram que ainda não estão pensando em quem irá substituir Daniel Craig como James Bond, mas que estão focados em concluir o próximo filme, “007: Sem Tempo Para Morrer”.

Wilson expressou apoio ao fato de que James Bond possa ser interpretado por um ator negro:

“Você pensa nele como sendo da Grã-Bretanha ou da Commonwealth, mas a Grã-Bretanha é um lugar muito diversificado.”

Quando questionada se Bond pudesse ser interpretado por uma mulher, Broccoli respondeu que acha mais interessante que personagens novos sejam criados para mulheres.

 “Ele pode ser de qualquer cor, mas é um homem. Eu acredito que devemos criar novos personagens para as mulheres – personagens femininas fortes. Não estou particularmente interessada em pegar um personagem masculino e fazer com que uma mulher o interprete. Eu acho que as mulheres são muito mais interessantes que isso”, declarou Broccoli.

Atrizes como Eva Green, ex-Bond Girl, e Rachel Weisz já defenderam anteriormente que Bond teria que ser interpretado por um homem, que isso faz parte de quem o personagem é, e que mulheres devem ter suas próprias histórias a serem contadas. A roteirista Phoebe Waller-Bridge, responsável por revisar o roteiro original do novo “007”, já havia comentado que o jeito da franquia respeitar as personagens femininas é evoluir seus arcos.

Broccoli ainda comentou na entrevista que James Bond precisava mudar quando a produção de “007: Cassino Royale” começou, e que um personagem mais realista condizia com a época de seu lançamento:

“Tivemos o 11 de setembro e as apostas eram mais altas e achamos que precisávamos de um Bond mais realista. Ele trouxe carne e sangue ao personagem. Bond nos livros é uma silhueta. Daniel lhe deu profundidade e uma vida interior. Estávamos procurando um herói do século 21, e foi isso que ele entregou. Ele sangra; ele chora; ele é muito contemporâneo.”

A sinopse de “007 – Sem Tempo Para Morrer” descreve James Bond (Daniel Craig) vivendo tranquilamente na Jamaica depois de deixar o serviço ativo. Mas a paz dele acaba rapidamente quando seu antigo amigo Felix Leiter (Jeffrey Wright), da CIA, pede sua ajuda. A missão, o resgate de um cientista sequestrado, mostra-se muito mais perigosa do que o esperado, levando Bond ao caminho de um vilão misterioso (Rami Malek) armado com uma nova e perigosa tecnologia.

Outros rostos conhecidos da franquia estão de volta ao elenco, caso de Christoph Waltz como Blofeld; Léa Seydoux como Madeleine; Ben Whishaw como Q.; Ralph Fiennes como M.; Naomie Harris como Moneypenny e Rory Kinnear como Tanner. As novidades incluem Lashana Lynch, Billy Magnussen, Dali Benssalah e David Dencik.

O roteiro previamente escrito por Neal Purvis e Robert Wade, que escreveram todos os filmes de 007 protagonizados por Daniel Craig, foi revisado por Scott Z. Burns (“O Ultimato Bourne”) e Phoebe Waller-Bridge (da série “Fleabag”). Cary Fukunaga (da série “Maniac”) é diretor e produtor do longa.

A música tema será interpretada pela cantora Billie Eilish, com trilha sonora de Hans Zimmer.

“007 – Sem Tempo Para Morrer” estreia em 9 de abril deste ano no Brasil.

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Matheus Costa
@oiatheus

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