Dois dias após divulgar a lista de indicados ao BAFTA 2020, prêmio da Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão, Marc Samuelson, chefe do comitê de cinema do BAFTA, se pronunciou sobre as inúmeras críticas feitas à Academia pela falta de diversidade entre os indicados. Em entrevista à Variety, Samuelson confirmou que serão feitas revisões sobre os métodos de votação:

“Haverá uma revisão cuidadosa e detalhada dentro e fora dos membros.” “Há uma total abertura à mudança e a organização tornou clara a sua posição sobre as nomeações e como não estava satisfeita. A mudança é necessária, o que é complexo, requer calma e uma reflexão cuidadosa.”

As indicações foram alvo de críticas do público – com a #BAFTAsSoWhite ganhando força nas redes sociais –  devido à exclusão de diretoras da categoria de Direção e Filme e pela escolha de apenas atores brancos nas categorias de atuação. Admitindo a falta de diversidade na lista de indicados, Samuelson afirmou que todos que tiverem uma opinião serão ouvidos, e quaisquer alterações acordadas estarão em vigor a tempo de votar nos prêmios de 2021.

Atualmente, o sistema de votação do BAFTA consiste em duas rodadas. Primeiramente, membros da organização escolhem favoritos em categorias gerais enquanto as técnicas são votadas por comitês de especialistas. Em seguida, as votações para os vencedores de todas as categorias são abertas para os 6.500 membros do BAFTA, com alguns júris especializados decidindo os vencedores em determinadas categorias, como melhor elenco.

O sistema de votação seguirá um processo de revisão semelhante ao implementado em 2019, depois das manifestações sobre “Roma“, da Netflix, ser elegível para prêmios, apesar de seu lançamento limitado no cinema. Samuelson declarou estar escrevendo para os membros, pedindo os seus comentários e contribuições para a revisão.

Os vencedores do BAFTA 2020 serão anunciados no dia 2 de fevereiro.

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