Pantera Negra | Ryan Coogler comenta final alternativo e ausência do Soldado Invernal
"Nós meio que fomos um lado com emoção, mas menos melodramático", explicou o diretor sobre o final escolhido.
Atenção: a notícia pode conter spoilers de “Pantera Negra”.
Em entrevista ao Empire Film Podcast (via Collider), o diretor do mais novo sucesso do MCU, Ryan Coogler (“Creed: Nascido para Lutar”) levantou a ideia de uma inversão de cenas, de forma que ”Pantera Negra” chegaria ao seu fim de forma diferente. Leia abaixo:
”De fato seria [um outro final]. Planejamos incontáveis formas diferentes de encerrar o filme. Dávamos um passo atrás e um a frente sobre a cena na ONU, e tínhamos uma versão onde os acontecimentos na ONU seriam antes da cena em Oakland [onde T’Challa e Shuri estão em frente ao apartamento o qual Erik Killmonger vivia com seu pai na infância]. Entretanto, nós meio que pensamos em como queríamos encerrar o filme. E logo veio a ideia da simetria, veio à cabeça a maior parte de tudo isso. Foi por isso que perguntamos a nós mesmos, ‘Quem traz mais emoção, aquele garoto ou as pessoas sentadas na ONU?’ E a grande sacada é quem está mais conectado com T’Challa.”
Coogler também ressaltou a importância e o significado do final que foi levado às telonas.
”Durante o crescimento de uma criança, ver alguém mais velho e que se pareça com você fazendo algo incrível, é como ‘Ei, o que está acontecendo?’ Nós meio que fomos para um lado com emoção, mas menos melodramático, e sobre a ONU, faz sentido saber, depois de tudo, onde Wakanda estaria em no futuro deste universo.”
O diretor também comentou sobre a não participação do Soltado Invernal (Sebastian Stan, de “Eu, Tonya“), que aparece apenas na segunda cena pós-créditos da produção:
”Nunca houve um cena em desenvolvimento onde eles dizem ‘Oh, nós meio que estamos brigando aqui… Mas, sabe, nós temos um cara congelado que foi altamente treinado para matar…’.”
Com bom humor, o diretor proseguiu:
“Bucky tem um terrível estresse pós traumático, certamente ele precisaria de uma orientação espiritual. A última coisa que precisávamos seria ir direto a uma Guerra Civil, e esse seria o processo por aqui. Inclusive, podendo ser potencialmente um problema, se você têm um monte de africanos lutando e, de repente, você inclui um cara branco que começa a atirar nas pessoas [risadas]. Estávamos preocupados com isso. Bucky não é treinado para neutralizar pessoas pacificamente, ele é um assassino. Estávamos meio que: ‘Não sei se devemos fazer isso’.”
Coogler também comentou a interação entre Shuri e Bucky:
”Isso era uma coisa que sempre foi uma responsabilidade de Shuri (Letitia Wright, do vindouro ‘Jogador N° 1’), em nosso mundo, nós meio que percebemos que Bucky Barnes seria sua tarefa. Demos uma dica quando eles trazem Ross (Martin Freeman, da série ‘Sherlock’) e ela meio que: ‘Oh, outro estrangeiro’. Mas o que decidimos era que ela daria um jeito no código mental dele, se Shuri é tão esperta quanto é, isso não seria um grande problema para ela.”
“Pantera Negra” segue os eventos de “Capitão América: Guerra Civil”, mostrando o retorno de T’Challa (Chadwick Boseman, de “Marshall“) para a nação africana de Wakanda, a fim de assumir sua posição de rei. Porém, um velho inimigo ressurge fazendo com que T’Challa entre em um grande conflito pelo destino de seu país e de todo o mundo.
O elenco da produção também conta com Lupita Nyong’o (“Star Wars: Os Últimos Jedi“), Danai Gurira (da série “The Walking Dead“), Michael B. Jordan (“Quarteto Fantástico”), Andy Serkis (“Planeta dos Macacos: A Guerra”), Daniel Kaluuya (“Corra!”) e Forest Whitaker (“A Chegada”).
“Pantera Negra” já está em cartaz no Brasil desde 15 de fevereiro.
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