Diretor de Z: A Cidade Perdida fala sobre dificuldade de fazer filme após sucesso da Marvel
De acordo com James Gray, falta espaço para filmes independentes.
>A Marvel Studios ganhou um grande espaço nas salas de cinema com seus constantes sucessos. Mas nem todos os diretores estão satisfeitos com essa mudança que o mercado cinematográfico sofreu nos últimos anos. Em entrevista à Vulture, James Gray (“A Imigrante”), que dirige “Z: A Cidade Perdida”, reclamou do momento para o cinema independente.
“Se o público só consegue ver Marvel, então eles só querem Marvel, e se eles querem apenas Marvel, então só Marvel é feita. Eu nem sequer tenho um problema com a Marvel. O problema não são as especificidades de cada filme, o problema é que [este tipo de filme] é o único filme que você pode ver agora em um multiplex. Você está olhando para o início da agonia de uma certa forma de arte”, lamentou.
Gray garante que ainda não conseguiu sua estabilidade financeira com o cinema.
“Eu fiz exatamente os filmes que eu queria fazer, e isso é um belo presente, então eu não estou reclamando a respeito disso. Mas eu luto. Eu tenho dificuldade em pagar minhas contas. Tenho 47 anos e vivo em um apartamento, não consigo comprar uma casa”.
Para o diretor, quem não está em filmes da Marvel precisa lutar por um lugar ao sol.
“Este é o sistema econômico em poucas palavras, certo? Cinco diretores fazem Marvel, e então há o resto de nós, que está procurando migalhas em torno disso, tentando encontrar dinheiro para fazer outros filmes”, finalizou.
Baseado no best-seller de David Grann, “Z – A Cidade Perdida” é o drama da vida do explorador britânico Percival Fawcett (Charlie Hunnam, de “Círculo de Fogo”), que desapareceu enquanto procurava uma misteriosa cidade na Amazônia nos anos 20.
Além de Hunnam e Robert Pattinson (“Mapa Para as Estrelas”), o elenco traz Tom Holland (“Capitão América: Guerra Civil”), Sienna Miller (“Pegando Fogo”) e Angus Macfadyen (“Jogos Mortais 3”) . A direção fica por conta de James Gray (“Era Uma Vez em Nova York”), que também assina o roteiro ao lado do escritor David Grann.
O longa estreia em 1° de junho no Brasil.
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