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Notícias   domingo, 14 de fevereiro de 2016

“Me sinto muito mais em casa aqui do que em Burbank”, afirma Tim Burton

Cineasta está no Brasil para promover a sua exposição no MIS.

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O diretor Tim Burton (“Edward Mãos de Tesoura”) disse que está se sentindo em casa no Brasil. O cineasta está no país para promover a exposição “O Mundo de Tim Burton” que chegou ao Museu da Imagem e do Som no último dia 4 de fevereiro. A mostra traz mais de 500 peças relacionadas ao processo criativo do artista dentre documentos, bonecos usados para animações, rabiscos e desenhos de guardanapos.

“Me sinto muito mais em casa aqui do que em Burbank, na Califórnia, onde nasci. Sinto uma empatia muito grande em relação aos brasileiros, e só estou aqui há dois dias”, afirmou o cineasta.

Burton também está aproveitando sua visita para entrar em contato com a cultura brasileira, tendo assistido o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro e já se considera inspirado. O diretor também afirma estar admirado com nossa cultura e com tudo o que tem visto.

“Eu nunca estive no Brasil e o Carnaval foi incrível. Tudo aqui é incrível. Eu me sinto inspirado. Estou admirado com a cultura brasileira. Sou de uma cidade de pessoas fechadas. Aqui, vocês têm a chance de se abrirem e serem criativos”, garantiu. 

Embora esta seja a primeira vez do cineasta no Brasil, o cineasta está mais do que familiarizado com um dos ícones do nosso cinema: Zé do Caixão, ou Coffin Joe, como é conhecido nas terras gringas.

“Não assisto a seus filmes faz muito tempo, mas cresci vendo esses filmes trash dele. Assisto a vários desses filmes estranhos. Não gosto daqueles filmes que as pessoas consideram ótimos. Gosto de trash, como esses que eu faço”, disse o diretor.

Burton também comentou sobre sua exposição e como, mais do que mostrar seu trabalho, o objetivo é fazer com que outras pessoas se sintam inspiradas a criar.

“O processo criativo é o mais importante da vida de qualquer um. Essa mostra serve para inspirar o lado artístico de pessoas que, assim como eu, não se consideram grandes artistas ou cineastas. Desenhar sempre foi uma maneira, para mim, de explorar meus próprios sentimentos, porque sempre tive problemas para me comunicar”, refletiu.

Finalmente, o diretor concluiu dizendo que embora ainda seja estranho ter trabalhos, que nunca deveriam ser vistos, sendo expostos, a forma como foi feita tornou tudo mais confortável e que o modo exclusivo como a exposição foi montada no Brasil deverá ser replicado em próximas oportunidades.

“Quero agradecer por terem feito a exposição como uma casa maluca. É como se fosse dentro de um parque de diversões, com escorregador. É a primeira exposição que vejo que tem um. Agora quero que sempre tenha o escorregador”, conclui o diretor.

A exposição “O Mundo de Tim Burton” fica no MIS até o dia 15 de maio.

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Sheyla Montoni
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