Mostra Olhar do Ceará marca o segundo dia da 24ª edição de Cine Ceará
Após o primeiro dia da mostra, houve debate com os realizadores dos curtas.
A Mostra Olhar do Ceará exibiu quatro curtas no cinema do Dragão do Mar. Todos com temáticas bem diferenciadas, renderam um bom debate após a sessão.
O primeiro curta exibido, “Lastro – Memórias do Edifício São Pedro”, de Rebeca Prado e Azevedo, é um documentário que conta a história do Edifício São Pedro, que se localiza na Praia de Iracema. O prédio, que já foi um dos mais bonitos da cidade e abrigava vários eventos, hoje está praticamente abandonado, mesmo ainda tendo moradores.
Segundo a realizadora, o nome Lastro vem da semelhança do lastro de navio, que dá uma base de sustentabilidade, mostrando que o edifício, mesmo depois de tanto tempo e abandono, continua ali, imponente.
Em entrevista ao Cinema Com Rapadura, Rebeca Prado disse que, a princípio, o curta era apenas um trabalho de conclusão de curso (ela é formada em Publicidade e Propaganda), mas que por ter um teor de responsabilidade social, acabou ganhando mais espaço do que ela imaginava. Prova disso foi a sua exibição no Cine Ceará.
O segundo curta, “Atalho”, de David Aguiar, Paulo Ribeiro e Sabina Colares, é uma ficção que mostra como você precisa tentar alguma coisa nova para ter uma mudança na sua rotina. Também há metáforas e o uso de ruído para discutir a mobilidade urbana.
O curta “Visita ao Filho”, de Frederico Benevides, é baseado no conto de mesmo nome do escritor Moreira Campos. Enquanto mostra a história do pai, que tem problemas mentais, tentando encontrar o filho, também mostra a relação do personagem com a cidade na sua arquitetura antiga e mais moderna.
O último curta exibido foi o ]’Companhia Batepalmas”, de Rui Ferreira, é um documentário que conta a trajetória do grupo musical de mesmo nome, mostrando, também, como o cinema e a música podem ser meios de transformação social.
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