Marion Cotillard fala sobre dificuldades de abandonar Edith Piaf
Para deixar de ser Edith Piaf, atriz viajou para Bora-Bora e participou de rituais xamânicos.
Quantos bons – e grandes – atores já relataram a dificuldade de abandonar uma personagem? Entre esses, o caso mais recente é o de Marion Cotillard (“Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”) e seu papel em “Piaf – Um Hino ao Amor” (2007). Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a vencedora do Oscar de melhor atriz em 2008 contou parte de seu processo para desvencilhar-se da figura da cantora francesa.
De acordo com Cotillard, a intensidade e a dramaticidade da história de sua compatriota transformaram os oito meses que sucederam a gravação do filme em um período de “exorcismo”, literalmente:
“Eu tentei de tudo. Eu fiz exorcismos com fogo e sal. Eu viajei para Bora-Bora para escapar dela. Eu estive no Peru, em Machu Picchu, para assistir a cerimônias xamânicas para me purificar, antes de finalmente compreender o porquê de não conseguir deixá-la partir: ela foi abandonada quando era criança. Estar sozinha era seu maior medo”.
Nesse período, segundo a atriz, até mesmo o abandono da maneira particular de Edith Piaf falar apresentou-se como um desafio.
Entretanto, a maternidade e a experiência com o filme parecem ter alterado a forma com a qual a atriz desenvolverá suas personagens daqui para a frente. Atualmente trabalhando em “Macbeth“, filme de Justin Kurzel (“The Snowtown Murders”) previsto para ser lançado em 2015, ela assegura estar mais preparada para estabelecer certos limites:
“Eu não posso mais me trancar em um outro mundo. Eu não quero que meu filho seja afetado porque eu estou ‘deprimida’ ou ‘matando um rei’”.
Saiba Mais: Marion Cotillard