Na última sexta-feira (3), chegou ao Star Plus o aguardado “Fire Island – Orgulho e Sedução”, a mais nova adaptação do romance escrito por Jane Austen, “Orgulho e Preconceito”. Para além de uma nova transposição do livro clássico que já recebeu diferentes outras versões, a produção se destaca por papel inclusivo, se sustentando através de uma narrativa cômica para amplificar a representatividade das comunidades LGBTQ+ e ásio-americana.

Dirigido por Andrew Ahn, o filme conta a história de uma dupla de melhores amigos, Noah (Joel Kim Booster, também roteirista do projeto) e Howie (Bowen Yang), que retorna para a ilha título, um retiro paradisíaco perfeito para a comunidade queer desfrutar as suas férias, conforme uma antiga tradição anual. A tranquilidade típica, ao lado de um grupo de velhos amigos e da curiosa dona de casa que sempre os recebe, Erin (Margareth Cho), parece reinar mais uma vez. Tudo se altera, entretanto, quando os dois se apaixonam por membros de uma elite com síndrome superioridade, paixões que colocarão em choque os limites entre classe e amor.

O Cinema com Rapadura teve a oportunidade de entrevistar o diretor Andrew Ahn e a atriz e comediante Margareth Cho para falar dos bastidores do longa.

Tendo já trabalhado com diferentes gêneros, Andrew comentou sobre a experiência que foi se aventurar pela comédia pela primeira vez:

“Pra mim, como diretor, meu objetivo é contar uma história honesta, independente do gênero que trabalhamos. Então, vindo do drama, é interessante como meus outros filmes não são tão diferentes. Mas ao mesmo tempo é bastante difícil trabalhar com comédia, tudo exige um timing muito específico, seja pensando nos diálogos, nas performances ou mesmo na construção visual. Eu tive sorte de trabalhar com alguns dos melhores no mercado, trabalhar com a Margareth, com o Joel Kim Booster, e então foi um privilégio ter essa oportunidade, principalmente por eu ter conseguido não ter tirado a graça deles! Eu adoraria fazer outra comédia no futuro!”.

Já com vários anos de uma prestigiada carreira no mundo da comédia, Margareth comentou sobre o papel de mentora que acabou exercendo dentro do set:

“Eu me senti como uma espécie de figura materna não apenas dentro desse set, como também já me senti assim dentro da comunidade queer e mesmo no ramo da comédia. Então gosto bastante desse título que as pessoas tem me dado com base no filme, e penso que ele faz bastante sentido.”

O diretor também comentou a respeito do trabalho de dirigir o roteiro de outros autores, elaborando acerca do experimento de adaptar visualmente uma outra visão:

“É muito produtivo dirigir um roteiro escrito por outra pessoa. Eu penso que esse tipo de experiência nos torna diretores melhores, roteiristas melhores. Acho que eu não teria conseguido escrever esse filme, já que ele vem de muita experiência pessoal do Joel. Então nós conversarmos muito, sobre como ele queria que tudo aquilo soasse e parecesse, mas a nossa colaboração ainda me permitiu colocar bastante do meu toque, então foi uma experiência muito bacana, espero continuar dirigindo roteiros escritos por outras pessoas.”

Eles ainda comentaram sobre o que esperam que o filme venha a significar para aqueles que o assistirem.

Margareth Cho:

“Com um filme desses acho que uma das questões mais importantes é a visibilidade. É uma força de reafirmar a importância da sua existência, dar uma dimensão para essa presença maior do que elas próprias conseguem imaginar…”

Andrew Ahn:

“… com certeza. Eu espero que as pessoas consigam se ver vistas com o filme e dessa forma a arte consiga permanecer deixando o mundo um pouco melhor“.

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“Fire Island – Orgulho e Sedução” já está disponível no Star Plus. Assista ao trailer abaixo.

Saiba Mais: Andrew Ahn, Fire Island, Joel Kim Booster, Margareth Cho