O filme em questão é "Em Busca do Cálice Sagrado", do grupo humorístico Monty Python, e é considerado a melhor comédia de todos os tempos. Dou razão àqueles que consideram este o filme mais engraçado já feito, porque eu pessoalmente nunca ri tanto.
Eu era o único da casa que ainda não havia visto o filme. Na noite anterior, eu fiquei no meu quarto, e de lá ouvi as escandalosas risadas do povo de minha casa. Logo pensei que o filme deveria ser mesmo engraçado. Mesmo assim hesitei. Eis que chega meu irmão e me pergunta se quero assistir antes que ele entregue a cópia do filme ao amigo dele, que reside em São Paulo. E como essa cópia é rara por aqui onde moro, pensei duas vezes e cheguei a conclusão de que deveria ver, já que tantas pessoas falavam bem da produção. Foi o que eu fiz. E não me arrependi, nem um pouco!
O filme em questão é "Em Busca do Cálice Sagrado", do grupo humorístico Monty Python, e é considerado a melhor comédia de todos os tempos. Dou razão àqueles que consideram este o filme mais engraçado já feito, porque eu pessoalmente nunca ri tanto. A história é a seguinte: o Rei Arthur, juntamente com os Cavaleiros da Távola Redonda que ele acabou de formar, passam a procurar o Cálice Sagrado (aquele que Jesus Cristo usou na Última Ceia) recebendo essa missão "diretamente dos céus" (quem já viu ou ver o filme vai entender o porque das aspas…), sendo que se separam em grupos para cumprir a missão, e durante o caminho encontram obstáculos nada convencionais, como um temido coelho assassino (?) e Os Cavaleiros que Dizem Ni (sensacional). Logo descobrem que o Cálice está no castelo de Aaaaargh! (mas hein?!) e para conseguir cumprir a tarefa contam com vários truques, como a Santa Granada de Mão.
O filme foi rodado como se fosse de baixo orçamento, propositalmente, é claro. Esse é o estilo da trupe que praticamente dominou as comédias dos anos 70 com seu humor pastelão que até hoje não saiu de moda. Tanto que fiquei roxo de tanto rir. É praticamente uma coleção de cenas memoráveis, engraçadíssimas, como o já citado encontro com o coelho assassino, e manda para o brejo a famosa lenda do Rei Arthur e a Távola Redonda. Esse é o primeiro filme de fato do grupo inglês Monty Python, já que a primeira incursão deles na tela grande foi uma montagem das cenas que eles faziam na TV. Após a série acabar, produziram este filme. E capricharam. Minha nossa, eu já disse o quanto eu me diverti vendo isso? O mais legal de tudo são os bizarros personagens que aparecem durante o filme: citando um como exemplo, o comprador de cadáveres (que podem tanto estarem mortos ou vivos…). E um detalhe interessante: um filme sobre Rei Arthur sem cavalos. Isso mesmo, sem nenhum! Para dar a impressão de que cavalgam, um escudeiro do Rei faz a sonoplastia… batendo cocos! O que gera uma discussão com o porteiro da primeira parada que fazem, que dá a hipótese de que os cocos podem ser carregados por andorinhas migratórias.
Enfim, o filme vem recheado de piadas, do inicio ao fim. Literalmente. E tudo isso só foi possivel graças a direção conjunta de Terry Jones, que fazia parte da trupe, e do grande Terry Gillian, diretor de "Os Doze Macacos" e do recente "Os Irmãos Grimm". Utilizando cenas de animação tosca, associado com maquetes de terceira categoria, mais as piadas ácidas e non-sense, os dois Terry's fizeram uma obra de arte, um filme genial. Isso sem contar as atuações de todos eles: Grahan Chapman interpretando o Rei Arthur está fenomenal, mostrando um timing certeiro. Igual a ele estão o próprio Terry Gillian como o ajudante do Rei, John Cleese como Sir Lancelot, entre outros… mas enfim: todos estão ótimos, com o timing afinado. Apesar das brigas que os diretores e o grupo tiveram entre si, Em Busca do Cálice Sagrado pode ser louvado como o melhor filme de comédia já feito, e segundo uma pesquisa feita com o público da Inglaterra, é o melhor filme britânico já produzido em todos os tempos, independente de gênero, desbancando vários outros sucessos vencedores de Cannes e do Oscar.
Tudo isso prova a competência da equipe em produzir comédias que nos deixam quase sem ar de tanto rir. E agora dou razão a minha família: por isso eu os perdôo por não terem me deixado dormir com tantas risadas…