O sucesso nas bilheterias mostra a força da franquia, mas infelizmente não refleta na sua qualidade e recebemos um filme precário em vários aspectos.
O universo cinematográfico dos monstros gigantes continua acontecendo. Conhecido como “Monsterverse”, a franquia americana de filmes do Godzilla e King Kong conquistou muitos fãs, mas diria que não é muito pela qualidade das obras (que são bem questionáveis). Esse “Godzilla e Kong: O Novo Império” desperta algo no público que vai muito além de sua “qualidade técnica”: a vontade de ver um filme pipocão divertido e despretensioso. Só que após tantos filmes tão semelhantes desse universo, recebemos só a mesma repetição de batalhas intermináveis. O que deveria ser uma grande diversão, se torna uma montanha-russa sem fim.
Na trama, Godzilla e o todo-poderoso Kong enfrentam uma ameaça colossal escondida nas profundezas do planeta, desafiando a sua própria existência e a sobrevivência da raça humana. A história no papel é pomposa, mas na prática não passa de uma bobagem sem fim. Tudo é muito conveniente e resolvido facilmente. Não que se exija “realismo” para um filme desses, mas é necessário uma coesão nessa trama. Os problemas da história também vem da falta de qualidade do elenco, algo bem comum na franquia. Tudo parece uma grande desculpa para juntar os monstros gigantes em grandes batalhas.
Enquanto os filmes continuarem fazendo sucesso em bilheteria, eles vão continuar saindo. Não há problema de você se divertir com um filme ruim, mas quando se analisa criticamente, é difícil fazer elogios para aspectos técnicos dele, exceto pelas coreografias de lutas dos gigantes. O CGI dos bichões está com boa qualidade, mas a fotografia é horrorosa. O diretor Adam Wingard conseguiu fazer o seu “pré-Vingadores dos Monstros” e com certeza terá mais uma continuação. Dá pra se divertir? Depende muito do seu tipo de humor. Mas o fato é que é um filme muito fraco.