Série do Baby Groot é tecnicamente impecável, divertida e, infelizmente, muito curta.
Sem discutir a qualidade do material, é inegável que a Marvel apresentou um novo elemento que serviu como um refresco para a Fase 4 do seu Universo Cinematográfico: “What If“, no formato de animação, trouxe o descompromisso necessário e na medida certa. Seguindo essa proposta, longe de ser essencial para as próximas histórias, o Disney Plus traz um caminho irreverente para o lançamento de “Eu Sou Groot“.
A série conta com cinco curta-metragens, com cerca de quatro minutos de duração, e funciona perfeitamente pra contar simples histórias do bebê-árvore, como um duelo de dança ou a preparação para um longo banho relaxante. A própria Marvel brinca com a curta duração, com a inclusão do Baby Groot adiantando com um controle a longa abertura tradicional do MCU.
Os episódios são dirigidos por Kirsten Lepore, com uma carreira construída por diversos curta-metragens. Se por um lado, o personagem dublado por Vin Diesel só fala “Eu Sou Groot”, por outro ele reage com vários grunhidos que ajudam a expressar melhor os seus sentimentos. Além das feições, a chave pra entender Groot é a entonação da frase, que pode demonstrar medo ou humor.
A técnica de fotorrealismo da animação é espetacular, com detalhes de textura impecáveis. Outro destaque vai para os efeitos sonoros, que ocupam impecavelmente as lacunas da falta de falas do personagem. A escala também é bem desenvolvida e até vira tema de piadas em um capítulo, mostrando o tamanho do protagonista perto de objetos muito menores, como uma civilização encontrada sob uma rocha.
Infelizmente, os episódios passam muito rápido, mas Groot tem grande potencial no formato de série. “Eu Sou Groot” não tem grandes pretensões, mas é praticamente perfeito tecnicamente e tem um protagonista adorável. De vez em quando, histórias curtinhas sobre um bebê-árvore podem ser tão divertidas quanto filmes de quase três horas.