Cinema com Rapadura

Colunas   sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quais são os melhores casais do cinema e TV? Veja uma lista!

Quais os casais mais fofos do cinema?

Resolvi aproveitar o Dia dos Namorados para retomar este tema tão açucarado, mas que, assim como na vida real, faz o maior sucesso no cinema. O amor, desde o passageiro ao mais profundo, está ao redor e tudo que qualquer pessoa precisa é de amor para melhorar seus dias, daqueles que tira o ar e não devolve mais.

Mas para encontrar um grande amor (ou grandes amores) é preciso sofrer e aprender bastante antes de fazer um relacionamento dar certo. Inúmeros filmes, desde o começo da era cinematográfica, mostram as variáveis das relações, as situações mais clichês e corretas que vivemos no cotidiano e tudo o que envolve a paixão ou o amor. É na Sétima Arte que os apaixonados encontram o escape para usar o imaginário e aguçar os sentidos na busca por um final feliz.

Partindo desta ideia, resolvi relembrar alguns dos vários casais mais bonitinhos que já passaram pelas nossas telonas e telinhas e que, de certa forma, mexeram com nossas ambições sentimentais. Não são os melhores casais do cinema, até porque para isso eu teria que fazer um grande estudo para não ser injusto com nenhum deles, então os escolhidos são apenas aqueles que vêm à minha cabeça quando eu penso neste assunto.

Ainda que como você eu continue vivendo uma era de solteirice, não custa nada acreditar que algum dia conseguiremos ser que nem:

O máximo do romantismo e da crença que o amor pode ultrapassar qualquer obstáculo no matter what está em “Moulin Rouge”. O belíssimo musical de Baz Luhrmann, estrelado por Nicole Kidman e Ewan McGregor, além de ser um dos filmes mais importantes dos últimos anos, pela retomada do gênero musical ao mercado, é incrivelmente apaixonante do começo ao fim. Impossível não desejar viver esse conto de fadas verdes.

Falando em ultrapassar qualquer fronteira, “Ghost – Do Outro Lado da Vida” pode até ser visto como brega por alguns espectadores menos tradicionais, mas representa o amor de uma forma bastante peculiar. Na época, lágrimas foram derramadas pela não aceitação de que um casal tão perfeito fosse vítima de tal separação. Para mediar e confirmar que o amor nunca acaba, a espiritualidade foi levantada e fez o sucesso que o tornou referência hoje.

Ainda sobre o amor que não podemos tocar (seja por qual for o motivo), trago o primeiro representante dos seriados de TV. Chuck e Ned, de “Pushing Daisies”, criaram um romance um tanto quanto fora do convencional, em que o respeito e os sentimentos se sobressaem a qualquer toque. A paixão entre os dois é mais forte do que tantos relacionamentos por aí que se gabam de anos e anos de convivência. Amar sem tocar é um desafio.

Não tem como falar de amor sem falar do fim deles. I don’t love you anymore, goodbye. Uma das frases mais famosas do cinema, em “Closer – Perto Demais” percebemos a efemeridade das relações e, ao mesmo tempo, a intensidade com que elas acontecem. Dan e Alice são jovens que se consomem, mas não são o bastante um para o outro. Alguém já viveu algo parecido? A resolução é seguir a vida e superar as perdas e danos.

Em uma das poucas vezes que o título brasileiro é mais agradável que o original, “Amor aos Pedaços” traz o casal vivido por Jon Favreau e Famke Janssen, dois atípicos namorados que passam pela quebra do sentimento através do tempo e, principalmente, pela recuperação desse sentimento. A lição? Não existe amor perfeito. Cabe a cada um de nós transformar as diferenças e defeitos em vantagens. Afinal, o que vale é estar por perto.

Como não se apaixonar, viver e sofrer junto pelo casal Izzie e Denny, de “Grey’s Anatomy”? A relação que excede a ética médica e se resume a um sentimento que é capaz de matar e morrer para deixá-lo existir arrebatou a segunda temporada da série escrita pela maravilhosa Shonda Rhimes. Izzie e Denny eternizam seu amor nas telas e mostram todo o sentimentalismo do seriado que ultrapassa a convivência médica.

Não podia faltar o casal mais pop dos últimos anos de “500 Dias Com Ela” e toda a representatividade dos sentimentos rápidos, passageiros e irrecuperáveis. O melhor de tudo é que, independente de quanto dure um amor, é fazer com que ele dure o bastante (clichêzão, mas é!). Términos sempre acontecerão, então o que vale mesmo é viver cada segundo com seu amor e saber que, depois desse, sempre terá outro.

Não posso esquecer do grande “Romeu e Julieta” moderno: “Titanic” e a  aventura à bordo do navio indestrutível que mescla a disputa de poderes e de posição social com o amor verdadeiro entre dois jovens. O sucesso incrível do filme o transformou também, durante algum tempo, em uma piada. Não se podia gostar de “Titanic” porque era brega. Mas hoje, ele recuperou a força. Ainda que brega, o amor também o é.

Wall-E e Eva. Além de toda a lição ambiental que “Wall-E” nos passa, o transformando em um marco do cinema de animação, o mais inesquecível que vemos em tela é a paixão entre os dois robôs. A sensibilidade com que a relação deles é criada chega a ser mais palpável do que algumas comédias românticas com personagens chatos e transforma o lúdico em uma deliciosa história de amor para espectadores de todas as idades.

Acredito que a sensibilidade de “Paixão à Flor da Pele” nos mostra as complicações das relações com sensibilidade, inclusive com a forma específica que empilha os acontecimentos entre os protagonistas. Aqui, vemos como as coisas podem sair do nosso controle e que algumas delas são irreparáveis. O thriller fala de obsessão e traz todo um charme das paixões cosmopolitas, além de um trio de atores encantadores.

E não teria ninguém melhor para finalizar a lista que Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, dois dos maiores ícones da história do Cinema.Bogart e seu charme irresistível, Bergman com sua doçura inesquecível. Eles são o casal perfeito do Cinema. “Casablanca” já trazia uma trama um pouco fora do convencional que sustentava o amor dos dois e culmina em um final amargo, mas mostra que grandes amores não desaparecem.

E aqui eu poderia continuar listando “Doce Novembro”, “Diário de uma Paixão”, “Orgulho e Preconceito”, “Hora de Voltar”, “Desejo e Reparação”, etc., infinitos filmes que se utilizam da ficção para mostrar um pouco da realidade dos sentimentos. Entretanto, acredito que o mais importante nesta data dos namorados é construir sua própria história e vivê-la intensamente. Aos solteiros, se preparem para o próximo ano!

+ MAIS

[Mostra] Uma das principais mostras de Cinema de Fortaleza (CE) se prepara para sua terceira edição. A Mostra Outros Cinemas exibe produções audiovisuais nacionais na Universidade de Fortaleza (Unifor) de 24 a 26 de agosto. As inscrições de filmes e vídeos em curtas e médias metragens estão abertas até 15 de julho. Podem ser inscritas produções de todo o País, realizadas na bitola 35 mm ou vídeos no sistema NTSC, em qualquer formato de captação, exigindo-se, no ato da inscrição, o encaminhamento da cópia em mídia digital DVD-R, individual e identificado com nome do filme e do seu diretor. A 3ª Mostra Outros Cinemas é uma realização da Sereia Filmes, em parceria com a Lume Filmes e Iluminura Filmes, e apoio do portal Cinema com Rapadura. Mais informações no Blog da Mostra. Siga no Twitter.

[Festival] Começou na quarta-feira (9) o Festival da Lapa 2010, que é voltado para a exibição de filmes de época. A cidade da Lapa, próxima a Curitiba (PR), oferece o clima ideal para um evento único, que enfatiza prêmios de Cenário (em reconstituição histórica), Fotografia, Figurino e Maquiagem.  O Festival, que tem como slogan “Cinema num Cenário Histórico”, é o único do País onde a Mostra Competitiva de Longas Metragens é composta exclusivamente por filmes ambientados em épocas passadas. A proposta de seus organizadores é justamente a de unir a tradição histórica da Lapa com a magia de um cinema que tem como preocupação recriar antigas ambientações.  O evento chega à sua quarta edição agora em 2010, onde será realizado entre até 13 de junho. São cinco os longas que comporão a Mostra Competitiva de Filmes de Época: “Corpos Celestes”, “El Benny”, “Em Teu Nome”, “A Ilha da Morte” e “O Menino da Porteira”.

– RÁPIDAS

[Feminino] O Rio de Janeiro recebe até 13 de junho o FEMINA – Festival Internacional de Cinema Feminino 2010, com entrada franca, nos cinemas 1 e 2 da CAIXA Cultural (RJ). O FEMINA é o primeiro evento do gênero no Brasil e foi criado com o objetivo de destacar o trabalho de mulheres no cenário cinematográfico brasileiro e mundial. Este ano o Festival é composto de 130 filmes (longas, médias e curtas-metragens) de 25 países.

[Workshop] Estão abertas as Inscrições para o Workshop de Férias “Cinematografia Digital Data 2K/4K/HD”, ministrado pelos professores José Augusto De Blasiis-ABC , Guilherme Bravo e Bruno Ravagnoli. O workshop é fruto da parceria da Stein Produções com a Universidade Anhembi Morumbi e será realizado entre os dias 19 e 24 de julho, em São Paulo (SP).  Inscrições e informações pelo pelo telefone (11) 2959.6245.

[Infantil] Primeiro evento no país dedicado ao audiovisual produzido para crianças, a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis chega à nona edição, de 19 de junho a 4 de julho, no Teatro Governador Pedro Ivo, como um termômetro do que há de mais significativo na produção nacional voltada ao público jovem.

[Sucesso] “Loucos de Futebol”, curta-metragem do cearense Halder Gomes, recebeu elogios no blog oficial do Barcelona Football Club na noite de abertura do “Kick and Screening Football International Film Festival”, em Nova York . Leia o texto completo aqui.

[Disney Channel] Já participou da promoção “Kick Buttoswki”, do Disney Channel e do Cinema com Rapadura? Se não, clique aqui.

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Diego Benevides
@DiegoBenevides

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