Genevieve (Nia Vardalos) é uma moça muito romântica que vende rosas em sua loja. Apesar disso, ela não está aberta a relações amorosas devido a problemas no passado aos quais prometeu a si mesma que não iria sofrer por homem nenhum, o que fez a mesma elaborar uma teoria maluca na qual só pode ter no máximo cinco encontros com o mesmo cara. Então ela conhece Greg (John Corbett), um bonito rapaz que irá fazer com que a moça reveja sua teoria.

As comparações com “Casamento Grego” são inevitáveis, já que no próprio pôster do filme faz referência. As semelhanças estão presentes em todos os lugares. No próprio casal principal, interpretado pelos mesmos atores, no roteiro, no leve tom de humor que predomina durante toda a obra e até na trilha sonora. Essas semelhanças, em algumas partes do filme, tornam-se um tanto forçadas, uma vez que mostra o grande esforço dos produtores em repetir a fórmula do filme anterior.

Vale ressaltar o talento de Nia Vardalos. Além de assinar o roteiro e a direção, sua atuação como a romântica e decidida Genevieve é ótima e, embora não seja o modelo de beleza, ela tem algo que chama a atenção de todos, um jeito bem característico que agrada. Sua parceria com o ator John Corbett (Os Mensageiros) é o ponto forte do longa. É indiscutível a química que os dois possuem juntos. Um fato interessante é que na primeira cena em que eles se encontram, a sensação é de que foram feitos um para o outro.

O roteiro de Vardalos busca fazer da simplicidade algo que impressione e, principalmente, emocione. Dessa vez, ela não foi tão eficiente tornando o filme tão simples e, no máximo, bonitinho, Porém, ainda sim ele é bom, coerente e objetivo para o gênero. É nesse ponto a principal diferença entre os dois filmes mencionados. Um foi marcado pelo inteligente roteiro que fez da comédia algo mais do que isso, enquanto esse último trabalho isso não se repete.

Tecnicamente o filme mantém sua linha de abusar da simplicidade e o faz de forma bem razoável. A fotografia de Brian Pryzpek até que agrada, aparecendo cheia de tons fortes, principalmente o vermelho. A edição de Steve Edwards e Tony Lombardo também mantém a linha do comum, sem muitos cortes, sem muita ousadia, mas coerente. Tudo muito simples durante os seus 89 minutos.

Que as comédia românticas tenham temáticas muito semelhantes é bem conhecido por todos, mas é negativo ver o mesmo assunto sendo explorado por muitos filmes dentro de um pequeno espaço de tempo. Essa comédia em destaque muito se assemelha a outros dois longas que foram lançados recentemente. São eles “Surpresas do Amor”, no qual a personagem principal também não quer possuir relacionamento sério por medo de sofrer, e com “Ele Não Está Tão a fim de Você”, em que universo dos relacionamentos é estudado por meio da elaboração de regras e teorias.

“Eu Odeio o Dia dos Namorados”, mesmo não repetindo a excelência do outro longa, até que é bom. Um filme cheio de pequenos atrativos que quando se somam dão um resultado positivo que até mesmo quem ama o dia dos namorados merece ver.