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Notícias   segunda-feira, 04 de dezembro de 2017

[EXCLUSIVO] Star Wars: Os Últimos Jedi | Benício Del Toro fala mais sobre seu personagem no filme

"DJ se beneficia da eterna guerra entre o bem e o mal. É um oportunista. Porém, ele pode ajudá-lo a sair de uma enrascada ou pode colocá-lo em uma".

[EXCLUSIVO] Star Wars: Os Últimos Jedi | Benício Del Toro fala mais sobre seu personagem no filme>

O filme “Star Wars: Os Últimos Jedi” está prestes a estrear nas salas de cinema e durante o trabalho de divulgação do longa, o ator Benicio Del Toro (“Sicario: Terra de Ninguém”) conversou com a própria Disney sobre sua relação com a franquia, seu personagem “DJ” e sobre a sensação de trabalhar em uma produção descomunal. Leia alguns trechos:

Disney: Como você entrou para o projeto?

Benício Del Toro: Eu entrei no filme por causa do diretor Rian Johnson (‘Looper: Assassinos do Futuro’). Ele me ligou e queria falar comigo sobre um personagem. Eu já conhecia seu trabalho, então ter a possibilidade de conhecer um cineasta como ele e ainda conversar sobre um filme da saga ‘Star Wars’, era uma situação muito interessante pra mim. Nós conversamos sobre filmes em geral, minha carreira…. apenas casualidades e nada sobre meu personagem. Então eu li o roteiro e descobri que ele era muito legal e que o meu personagem também era muito legal!

D: DJ, o seu personagem, é uma figura que está entre o bem e o mal, não?

BdT: Ele é cínico. Ele acredita que mocinhos e vilões são todos iguais e ele também é um aproveitador. Ele se beneficia da eterna guerra entre o bem e o mal. É um oportunista. Porém, ele pode ajudá-lo a sair de uma enrascada ou pode colocá-lo em uma. Nós o enxergamos nessa linha entre o bem e o mal. Não tenho certeza, mas creio que ele é um mercenário na verdade.

D: Ele tenta, de alguma maneira, entrar na cabeça de Finn (personagem de John Boyega)?

BdT: o mantra do DJ é ‘não se envolva e seja livre’. Então, essa é basicamente sua atitude e ele tenta mostrar ao Finn que mesmo os bons se “sujam” às vezes e que até os melhores se corrompem. Ele é como um pequeno diabinho no ombro de Finn, que basicamente está tentando fazê-lo enxergar uma realidade diferente ou um novo jeito de encarar essa realidade e continuar vivendo ‘livre’ na galáxia.

D: Você tem alguma história particular com a saga ‘Star Wars’?

BdT: Lembro-me de estar em Nova York no verão de 1977 em um restaurante, e um estranho veio à mesa e me entregou um pequeno livreto de um filme que ele tinha acabado de assistir. Eu o abri e era ‘Star Wars’. Ele me disse que eu tinha que ver esse filme e essa foi minha introdução à saga ‘Star Wars’. Acho que eu ainda tenho este livro. Eu cresci em Porto Rico, então eu vi o filme, voltei para Porto Rico e falei pra todo mundo sobre ele. Só que os filmes americanos demoravam até cinco meses para estrear por lá! Então eu era uma criança falando sobre um filme que nunca chegava. Essa foi minha introdução a ‘Star Wars’ e agora eu sei o tamanho desse universo. Felizmente eu pude conhecer e passear por todas aquelas criaturas, adereços e guarda-roupas. É incrível. É um mundo inteiro. É único.

D: Como foi a sua experiência no set com o diretor Rian Johnson?

BdT: Rian é um cara descontraído, mas isto não significa que ele não é um profissional preparado. Na verdade ele é muito preparado. Ele também é o roteirista do filme, então ele conhece toda a história do longa de trás para frente. Ele é um cara muito fácil de se trabalhar. Você pode perguntar qualquer coisa pra ele, e ele responde tudo. Eu acho que sua atenção aos detalhes, sua capacidade de ouvir e sua camaradagem transparecem para toda a equipe e transformam o trabalho em uma experiência muito agradável para os atores.

D: Como foi a experiência de trabalhar com os cenários gigantescos? É mais fácil para atuar?

BdT: Quando você lê um roteiro com planetas e mundos diferentes, onde tudo o que você conhece sobre eles é o que está escrito no texto, você acaba criando seu próprio mundo na cabeça. Então você aparece no set e surpreende-se ao ver todo o trabalho manual e os detalhes incríveis dos cenários. Eles criaram cenários enormes para serem explorados em cena. Se você quiser abrir uma gaveta, ela abre. É uma coisa real. Se você quer fazer algo, como pressionar um botão por exemplo, e quer que ele funcione, eles conseguem fazer funcionar para você. É incrível imaginar algo somente dentro da sua cabeça e depois vê-lo pronto, exatamente como você imaginava. Os caras que trabalharam neste filme são, provavelmente, os melhores designers no mundo.

Na trama de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, os heróis de “O Despertar da Força” unem-se à lendas da galáxia em uma aventura épica que desvenda antigos mistérios da Força e revelações surpreendentes do passado.

O elenco do longa conta Daisy Ridley (“Assassinato no Expresso do Oriente”), John Boyega (“O Círculo”), Oscar Isaac (“A Promessa”), Andy Serkis (“Planeta dos Macacos:A Guerra”) e Carrie Fisher (“Star Wars: O Despertar da Força”). A franquia também conta com as adições de Laura Dern (“Livre”) e Benicio Del Toro (“Sicario – Terra de Ninguém”), e com a novata Kelly Marie Tran.

O longa estreia no Brasil no dia 14 de dezembro.

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Rogério Montanare
@rmontanare

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