O ator Martin Landau, vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Ed Wood”, faleceu ontem (16) em Los Angeles. Segundo informações do The Hollywood Reporter, a morte ocorreu após uma breve hospitalização em decorrência de uma “complicação inesperada”. Ele tinha 89 anos.

Landau nasceu no Brooklyn em 20 de junho de 1928, um ano antes dos Estados Unidos sucumbir à Grande Depressão. Aos 17 anos, quando a Alemanha nazista de Hitler caiu, ele conseguiu um emprego como cartunista no New York Daily News. Cinco anos depois, pediu demissão para atuar.

“Foi um movimento impulsivo da minha parte para fazer isso. Ser um ator era um sonho que eu devia ter tido tão profundamente e tão fortemente porque deixei um emprego lucrativo e bem remunerado para se tornar um ator desempregado. É loucura se você pensar sobre isso. Até hoje, ainda posso ouvir a voz da minha mãe dizendo: ‘Você fez o queee???'”, disse o ator ao The Jewish Journal em 2013.

Mesmo trocando o certo pelo incerto, Landau consolidou a carreira como ator em 1959, quando participou do clássico “Intriga Internacional”, de Alfred Hitchcock. Após alguns anos em papéis modestos, voltou a chamar atenção dos holofotes em 1988, quando atuou no drama “Tucker – Um Homem e Seu Sonho”, de Francis Ford Coppola, papel que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Dois anos depois, concorreu novamente ao prêmio por “Crimes e Pecados”, de Woody Allen. O triunfo, porém, veio em 1995, ano em que levou a estatueta para casa graças à cinebiografia“Ed Wood”, de Tim Burton, na qual interpretou o ator húngaro Bela Lugosi (“Drácula”).

Martin Landau atuando ao lado de Johnny Depp em Ed Wood.

O último trabalho de Landau foi em “Memórias Secretas”, de 2015, do diretor Atom Egoyan. Um documentário sobre sua vida, chamado “An Actor’s Actor: The Life of Martin Landau”, está em produção.

Ele deixa duas filhas, uma irmã e dois netos.

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