Durante um fórum realizado em Los Angeles diversos executivos de estúdios de cinema participaram de uma palestra que visava encontrar soluções para a desigualdade de gênero e raça, criando oportunidades de envolvimento e mudança em Hollywood. A informação é do The Hollywood Reporter.

A palestra foi apresentada pela professora da academia de comunicação e jornalismo da Universidade da California, Stacy L. Smith, que estuda o assunto e comandou uma pesquisa analisando filmes produzidos entre 2007 e 2017.

De acordo com Smith:

“Se você comparar os resultados com outro estudo em uma pequena amostra de filmes entre 1946 a 1955, não houve nenhuma mudança no conteúdo cinematográfico popular em mais de meio século quando se trata de personagens femininas com fala”.

O estudo aponta que na última década, para cada personagem feminina com fala, existem 2.3 personagens masculinos.

Ao tratar da questão étnica, a professora disse:

“Apenas 26,3% de todos os personagens falantes não são caucasianos. Isso foge completamente fora do perfil demográfico dos Estados Unidos. Como se sabe, cerca de 40% da população dos Estados Unidos é de grupos étnicos sub-representados”.

Smith também conduziu um estudo perguntando aos executivos da indústria por que diretoras não estavam sendo contratadas tanto quanto os homens. Ela descobriu que 44% dos entrevistados que as mulheres não conseguem criar filmes de acordo com os padrões de Hollywood quer vender. Para eles as mulheres só saberiam criar filmes menores e não saberiam lidar com grandes orçamentos. Os entrevistados também afirmaram que não há muitas diretoras no mercado.