Cinema com Rapadura

Notícias   segunda-feira, 04 de junho de 2012

Cineasta Bruno Barreto elogia atuação de Glória Pires em inglês

Idioma estará presente em 90% das falas da atriz brasileira no longa “Flores Raras”.

O cineasta Bruno Barreto (“Bossa Nova”) já prepara o elenco de “Flores Raras” para o início das filmagens do longa, que retrata a história real de amor entre a arquiteta carioca Lota de Macedo Soares e a escritora norte-americana Elizabeth Bishopm no Rio de Janeiro dos anos 1950. Ao portal UOL, o diretor afirmou que está impressionado com a facilidade de Glória Pires (“O Quatrilho”) em interpretar falando inglês. A atriz brasileira protagoniza o filme ao lado da australiana Miranda Otto (da trilogia “O Senhor dos Anéis”).

“É impressionante ver Glória Pires atuando em inglês como se fosse português. Parece que ela falou inglês a vida inteira. Ela tem humor e ficou muito charmosa como a mulher forte que a Lota era”, afirmou ao site.

Glória Pires dará vida à paisagista que idealizou o Aterro do Flamengo, na capital fluminense. Lota conheceu Bishop quando a poetisa norte-americana fazia uma viagem à América do Sul e acabaram vivendo juntas entre 1952 e 1965. O relacionamento terminou de forma trágica, com o suicídio da arquiteta carioca. A produção é baseada no livro “Flores Raras e Banalíssimas”, de Carmen Oliveira, e roteirizado por Carolina Kotscho.

O longa será falado principalmente em inglês porque era utilizando este idioma que as duas se comunicavam. Segundo Barreto, o longa terá cenas de beijo e sexo entre as duas atrizes, mas de forma discreta e sem nudez explícita. A temática polêmica ainda dificulta a captação de recursos para a produção. Com orçamento previsto em R$ 10 milhões, o longa da produtora LC Barreto ainda não conta com apoio de empresas privadas. Ainda assim, o diretor levará o projeto adiante e a estreia está agendada para o primeiro semestre de 2013.

Além de Glória Pires e Miranda Otto, “Flores Raras” contará com o norte-americano Treat Williams (da série de TV “Everwood”), no papel do poeta Robert Lowell, contemporâneo de Bishop, e com Marcello Airoldi (“Quanto Dura o Amor?”) como Carlos Lacerda, governador do então estado da Guanabara no início dos anos 1960. O título da produção seria inicialmente “A Arte de Perder”, em referência ao poema “One Art”, de Elizabeth. Quando estrear no circuito internacional, o longa deve manter o título original e será lançado como “The Art of Losing”.

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Túlio Moreira
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