Cinema com Rapadura

OPINIÃO   terça-feira, 11 de abril de 2006

O Filho de Chucky

O que esperar de um filme da franquia "Brinquedo Assassino" e com um título desse? Nada! Absolutamente nada!!

Espantados com tanta exclamação? Perdão, mas acho que não estou sendo exagerado. Definitivamente o ano de 2005 não começou com o pé direito. Primeiro foi “O Grito”, o qual muitos gostaram, pelos sustos e tudo mais, mas que não possui nada de bom e produtivo. Agora é a vez de “O Filho de Chucky” estragar as estréias da semana. Meu Deus, onde estavam com a cabeça em aceitar um projeto desses?! Dirigido por Don Mancini, também diretor dos “Contos da Krypta” e com um elenco que inclui um cantor de rap?? Sem comentários. Como disse uma amiga, “Qualquer dia vão inventar de fazer ‘A Avó de Chucky'”. Se depender desses produtores, eu não duvido é nada.

Pra começar o filme não tem uma introdução. Nem mesmo tem uma história interessante pra ter uma introdução. Acho que o bendito conto do serial killer que reencarnou no boneco de plástico e que busca trocar de corpo com uma alma humana já foi suficientemente usada e já passou a ser abusada. Depois, pra piorar a situação, tiveram a divina idéia de incluir um segundo brinquedo e um segundo serial killer, dessa vez uma boneca e uma mulher. Em “A Noiva de Chucky” Don Mancini já dava as caras como um péssimo roteirista, agora em “O Filho de Chucky” ele decidiu ser roteirista e diretor.

Mais um novo boneco e mais um novo personagem, diga-se de passagem tosco. O bixim é feio que dói, num sabe nem que sexo tem. Ah, esse, por sinal, é um dos temas mais debatidos durante todo o filme… qual o sexo do bendito filho de Chucky? Acho que eu deveria encerrar a crítica por aqui, mas não! O filme possui mais coisas para serem comentadas. Então vamos para a cena mais divertida do filme. A morte de Britney Spears.

Sim, exatamente isso que você leu. Na minha opinião, a cena mais engraçada do filme… Pausa! O filme deixou de ser um terror há muito tempo e já pode ser considerado uma comédia. Continuando… é a morte da popstar Britney Spears. Não vou contar como ocorre esse fato, não estou aqui pra descrever cena alguma, mas eu tinha que mencionar tal seqüência.

Don Mancini, esse tem cara de que ainda vai dar muita dor de cabeça por aí e muita felicidade para os críticos de plantão.

Enfim, tá na hora de falar sobre Jennifer Tilly. Ela só pode ter recebido muito dinheiro pra fazer esse papel, que por sinal é o dela mesmo, pois no longa ela se vende em troca de uma participação como Maria Madalena num filme onde o diretor é um rapper. Redman é o rapper. Único rapper que eu vi ter sucesso até hoje, e um sucesso merecido, foi Will Smith. Se esses outros acham que terão o mesmo futuro do Fresh Prince, eles estão absurdamente enganados.

Falando em absurdo, esse filme é um desde que tiveram a idéia inicial. Já bastam os tantos “Sexta-feira 13”, os tantos “A Hora do Pesadelo” os tantos “Halloween”, pra que outros tantos brinquedos assassinos? Tá faltando originalidade, pois idéias absurdas e péssimas continuações, Hollywood já tem demais.

Bruno Sales
@rmontanare

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