Uma ótima opção... para quem procura uma comédia pastelona. Dentro desse gênero, o filme não deixa nada a desejar. Então, se você não gosta nenhum pouco desse tipo de película, não adianta ir ao cinema.
Confesso que fui assisti-lo com pouca expectativa. Mas, sempre tem aqueles dias em que você acorda com a vontade de assistir algo que não coopere com o alargamento do seu conhecimento, aposto. Esse dia aconteceu justamente na estréia desse filme. Talvez por essas duas circunstâncias (falta de expectativa e vontade de ver uma boa comédia), me diverti bastante no cinema. Provavelmente se você não estiver com as mesmas características ou à procura de um filme intrigante, não concorde com minha crítica após assisti-lo.
Existem grande comédias, confesso. Mas, desde ‘Tá Todo Mundo Louco!’, não assisto a uma tão boa e pastelona quanto. A química do gênero está perfeita, ou seja, atores bem entrosados, enredo quase sem sentido, um ou dois ótimos comediantes e, finalmente, beleza. Ah sim, beleza é o que não falta para a loira Jessica Simpson! Eu garanto, se você não gostar do filme e for homem, vai se render para as cenas de sua personagem, a prima dos protagonistas, Daisy Duke.
A idéia central envolve os personagens Luke Duke (Johnny Knoxville, de “Jackass”) e o palhaço Bo Duke (Seann William Scott, de “American Pie”). Dois verdadeiros “pés-no-saco” da polícia de sua cidade e das adjacentes, além da polícia do campus (!). Eles são responsáveis por fazer as entregas de um uísque fabricado ilegalmente pelo Tio Jesse (Willie Nelson) em sua fazenda. Isso é feito no famoso carro apelidado “General Lee”, o qual pode ser dito como o terceiro protagonista. Enquanto fazem essas entregas, vão se metendo em encrencas e mais encrencas. Delas, eles só fazem fugir e “rodas para que te quero” a fim de capturá-los. As coisas se complicam quando eles acabam descobrindo o maldoso plano do temido chefe Hogg (Burt Reynolds). Esse está confiscando terras ilegalmente, dentre elas, a fazenda dos primos Duke. Além do mais, chefe Hogg, tenta de todas as formas tirar Bo e Luke da jogada. Triste ele, pois os primos não são flores que se cheire.
Podemos ver que o enredo não é lá essas coisas. Só pela sinopse ou pelo trailer, alguns podem rejeitar o filme, pois deixa o fim bem previsível. Entretanto, como eu havia falado, não se engane pelo que o material de divulgação vos transmite, pois o filme tem a química perfeita para fazer tudo dar certo.
Ante de escolherem Seann William Scott para fazer o papel de Bo Luke, cogitaram chamar Paul Walker, porém, quando saí do cinema, não conseguia imaginar outro ator para tal personagem. O entrosamento que ele consegue imprimir com Johnny Knoxville é perfeito. E há quem diga ser esse o melhor filme do ator, famoso por American Pie. Quando a cena parece que não vai agradar de forma alguma – principalmente as primeiras – você se rende às piadas dos rapazes. Sem dúvida alguma, eles caíram como luvas em seus papéis. Não tão brilhante no que consta em interpretação, vemos Jessica Simpson. Mas, vamos dar uns créditos a ela, afinal, a garota é cantora pop e esse é seu primeiro filme. Ela não estraga a feição de sua personagem de forma alguma – principalmente no tocante à interpretação física.
Para aqueles que assistiram a série de TV transmitida no final dos anos 70, “Os Gatões” (a qual deu o embasamento para o filme), à espera para ver como estariam as cenas com o possante carro “General Lee” era grande. Sinceramente, não assisti a nenhum capítulo da série, mas aposto como as continuações de velocidade agradaram bastante aos fãs dela. Não obstante só ao carro por si só, mas as ótimas colocações de câmera que foram usadas. Quando se queria imprimir mais velocidade e adrenalina, fechava-se um zoom no foco do carro e tremelicavam a câmera de forma a dar a sensação de estar dentro do veículo. Se isso é relaxante para os olhos? Não, mas a sensação criada é muito boa. Sem falar dos close-ups no rosto do Scott, dados quando esse estava dirigindo e se sentia indignado com algo. Aqueles olhos estatelados, com certeza, me causariam tremor se eu fosse passageiro.
Finalmente, o filme só deixa a desejar no quesito roteiro. Simples e bestinha, não faz com que lembremos dele daqui a algum tempo. Talvez por isso não possa ser intitulado como a melhor comédia do ano ou o filme que seja lembrado como a comédia para ser sempre assistida. Creio que, na segunda vez visto, perca a graça totalmente. Mas, quem sabe, não podemos ver o entrosamento perfeito de Scott e Knoxville em outro filme – porque não também as pernas da Jessica Simpson?! Ooops! Falei demais! #)
