Cinema com Rapadura

OPINIÃO   segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Gigolô Europeu por Acidente

Rob Schneider volta aos cinemas nessa seqüência com mais humor e trapalhadas na pele do gigolô mais famoso do cinema. Pra quem é fraco, o filme é uma promessa de muitas risadas.

É cada vez mais notável que a parceria Rob Schneider/Adam Sandler só tem crescido. Apesar de não atuarem juntos em "Gigolô Europeu por Acidente", ambos mostram que a amizade está fazendo sucesso por trás dos bastidores com a Happy Madison Productions (produtora de Adam Sandler), responsável pelo longa. A dupla já participou de diversos filmes juntos, entre eles, os sucessos, "O Paizão" e "Como se Fosse a Primeira Vez". Nesse filme, Adam Sandler faz apenas uma ponta como um gigolô morto, mas que apesar de passar poucos segundos na tela, faz a gente rir demais.

Mais engraçado do que o anterior e com um enredo mais "profundo", esta seqüência promete fazer o público rir. Divertido do início ao fim, o filme enquadra algumas lições morais que, apesar de ser uma comédia escrachada, devem ser levadas em consideração.

A tendência do pobre gigolô Deuce Bigalow para receber clientes com características pra lá de absurdas e até mesmo bizarras é o ponto forte do filme, onde ele se torna mais irônico. As pessoas gostam de rir da desgraça alheia, e é baseado nisso que o diretor Mike Bigelow acerta o dedo. Outro ponto forte é a covardia e o medo de trabalhar mostrados por outros gigolôs em dar de cara com o Assassino de Gigolôs, uma espécie de serial killer.

Rob Schneider é, indiscutivelmente, um dos melhores comédiantes no mercado cinematográfico. Com suas caras, bocas e trapalhadas, ele consegue se firmar em qualquer papel humorístico que lhe é concedido. Uma atenção especial para Eddie Griffin que faz o papel do cafetão T.J. Hicks. Eddie está mais engraçado do que nunca. Ele continua com o mesmo papel do primeiro filme, mas parece que amadureceu e agora é capaz de roubar algumas cenas de Rob. Nesse filme seu personagem se estabelece em Amsterdã onde nada é proibido, assim como é mostrada em uma cena onde Deuce e T.J. conversam em um bar.

A escolha de Amsterdã como palco da comédia não poderia ter sido melhor. Uma cidade onde a prostituição está escancarada nas janelas de vidro do bairro vermelho, o qual não deixa de receber uma piadinha de Rob Schneider. Por falar em piadinhas, outro motivo pelo qual a escolha de Amsterdã foi certa, foi porque a cidade possui diversas atrações e histórias que rendem ótimas piadas. Cidade turística e com sua liberdade acolhedora, várias piadas são relacionadas a turistas canadenses, uma cena que nos proporciona algumas risadas.

O filme pode pecar por ser um pouco tolo, como um besteirol, mas ele foi feito pra rir, não pra chorar. Então, é baseado nisso que pode-se considerar uma boa pedida para ir com a turma e dar boas gargalhadas na sala de cinema.

Bruno Sales
@rmontanare

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