Cinema com Rapadura

OPINIÃO   segunda-feira, 28 de março de 2005

No Pique de Nova York (2004): de fato é um filme horroroso

A irmãs gêmeas Olsen agora crescidinhas, chegam as telonas num filme mais fraco que caldo de bila ou café de meia.

Tem certos filmes que mesmo sem assistir você já sabe que vai ser ruim. Mesmo que seja uma droga assistir filmes de nível baixo, eu consigo criar uma coragem que vem do meu 6º sentido e tento sugar energias positivas dos astros e Deuses cinematográficos para aguentar até os créditos finais. É uma tarefa difícil, exige muita concentração e vontade. Mas com perseverança e dedicação você consegue chegar ao final vivo. Isso aconteceu com esse horrível “No Pique de Nova York”. É dinheiro gasto a toa. O filme não acrescenta em nada na sua vida e faz um papel de operadora telefônica: só faz tirar dinheiro do seu bolso. Não assista a esse filme em hipótese nenhuma. Você deve estar se perguntando: “Mas esse filme é horroroso mesmo?”. É sim! E você vai saber o porquê desta catástrofe nas telonas.

A história (se é que pode chamar isso de história) gira em torna de duas irmãs gêmeas, Jane (Ashley Olsen) e Roxy (Mary-Kate Olsen). Elas não se dão bem, aliás, uma é o oposto da outra. Jane é organizada, bem vestida, faz tudo certinho como manda o manual da etiqueta. Já Roxy é a maluca, roqueira, veste alguns trapos, tem um quarto que parece um chiqueiro de porco, desorganizada e é toda metida a ‘malandrona’. Jane quer ganhar uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford e para isso vai até Manhattan fazer um discurso e a roqueira Roxy é incentivada por seu empresário Justin (Jack Osburne em sua estréia nos cinemas, não poderia ter começado melhor) para ir aos bastidores das filmagens do videoclipe da banda Simple Plan (que mico para banda) e entregar um CD demo com seu trabalho. Entre idas e vindas, elas acabam esbarrando com mafiosos chineses (rs) que escondem na bolsa de Roxy um ‘chip’ com várias gravações de músicas que vão ser vendidas no mercado negro. Confusão está armada e elas fazem um tour em New York e lógico, começam a se conhecer melhor e blá blá blá.

Tenho muita paciência com isso não. Odeio filme com história bobinha, clichê e totalmente sem graça. Isso é um filme de comédia ou não? Desde que me entendo por gente eu tenho pra mim que filme de comédia tem que fazer rir. É, esse não faz. Você capaz de passar o filme todo olhando para a tela sem mexer nenhum músculo do rosto. Aliás, você pode até mexer, mas deve ser por causa de bocejos ou para tirar uma casca de pipoca do dente (assistir esse filme sem nada pra comer é ‘óh do borogodó’). Eu não sou cineasta, produtor, ator ou contra-regra. Sou apenas um crítico e editor de um portal de cinema, mas tenho um mínimo de senso para dizer: O QUE ESSES PRODUTORES QUISERAM COM ESSE FILME? Que ridículo!

Depois dessa desgraça ambulante os produtores do filme conseguiram provar uma coisa que muitos ainda relutavam em não acreditar: as irmãs Olsen nunca tiveram talento na vida. Elas sempre foram uma criação da mídia americana que fazia com que todo mundo amasse as criancinhas que falavam “báh, béh, bih” em cena e todo mundo dizia: “Óh Que Gracinha” (alá Hebe). Elas são ricas por causa dessas coisinhas que todo moleque dotado de um cérebro consegue dizer quando é pequeno. Elas estão bonitonas, cheias de curvas e saliências que todo garoto de 16 adora ver. Agora atuando, falando, cantando (elas cantam, MEU DEUS) e tentando passar a impressão de estrelas elas são uma negação.

Tem uma cena que elas estão com uma camisa “I Love New York” e durante o show do Simple Plan (que devem estar procurando um buraco no chão pra se enterrar depois desse filme) pulam em cima do público. A participação de Jack Osburne é no mínimo abominável. Ele mal aparece no filme, só em algumas cenas no início e some do mapa. Só reaparece no final. Isso quer dizer que tanto faz se ele estava lá ou não, aliás, qualquer um lá podia tirar e substituir que não faria a mínima falta.

Com certeza este será o pior filme do ano e entra no meu TOP 5 de piores filmes de todos os tempos. As irmãs são um fenômeno de vendas nos Estados Unidos, onde têm 120 produtos com sua marca, entre eles há livros, videogames, discos, roupas, cosméticos, óculos, bonecas. Seus produtos são vendidos em várias partes do mundo. Não sei como tem alguém que compra isso, mas o fato é que se Deus realmente zelar por nossas vidas nunca mais teremos a desgraça de assistir um filme delas. Tudo bem, eu dou uma segunda chance. Mas sei não hein…

Jurandir Filho
@jurandirfilho

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