Cinema com Rapadura

OPINIÃO   sábado, 27 de agosto de 2005

Procura-se um Amor que Goste de Cachorros

Mais um exemplo de Comédia Romântica mediano. Assistindo sem nenhuma expectativa pode ser até que você, assim como eu, goste.

Ai ai… como a nossa expectativa engana a gente. Quando Spielberg anunciou que iría adaptar o livro de H. G. Wells “A Guerra dos Mundos” fiquei muito empolgado, afinal, esse diretor é perito em fazer arrasa-quarteirões. Entretanto, depois de as luzes acenderem, veio aquela sensação de ‘É bom, mas falta algo…’. Meses depois estreou nos cinemas brasileiros “2 Filhos de Francisco”, a malfadada cinebiografia dos berrantes Zezé Di Camargo & Luciano. E eis que me pego chorando no meio da exibição do longa. Logo eu, Pedro Marques, que abomina com todas as forças desse sub-gênero musical que atende pelo nome de sertanejo.

Então, eis que me pego novamente gostando de uma película que tive que ver apenas por causa desse meu trabalho: “Procura-se um Amor que Goste de Cachorros”. Admito que não derramei rios de lágrimas, ou torci desesperadamente pelos protagonistas como no exemplo citado acima, mas, indubitavelmente, esse filme me fez dar boas risadas e, ainda mais, me fez ver que John Cusack é um cara legal.

O filme conta a história batida de duas pessoas desiludidas com o amor (Sarah, interpretada por Diane Lane; e Jake, vivido por John Cusack), mas que resolvem dar uma última chance respondendo à um anúncio de sites para conquistas que algum amigo(a) deles pôs. À partir daí somos mergulhados em uma enxurrada de clichês mas que, incrivelmente neste filme, não soaram forçados ou algo do tipo. Muito pelo contrário, apesar das caricaturas explicitas (a família de Sarah, o amigo de Jake, o casal gay… e por ai vai) as piadas funcionam muito bem, causando algo essencial para o gênero Comédia Romântica: uma simpatia do público pelos personagens.

Costumeiramente, nas minhas resenhas não comento muito acerca do elenco secundário, mas essa será um exceção: que ator péssimo é um tal de Dermot Mulroney, que faz o papel de Bob, o “antagonista” da história. O cara só não trabalha tão mal que o Schwarzenegger no “Batman e Robin”! Caricato em demasia e inexpressivo como um tronco de árvore… :o|

Enfim, não se tem muito do que falar deste filme não. É apenas um divertimento sem compromisso e nada mais. De repente pode ser até comparável com “O Diário de Bridget Jones” já que tem uma protagonista confusa e em uma fase complicada da vida. Embora ache a história de inglesa mais cativante, tenho que admitir que a de Sarah também é interessante (até um certo ponto). Assista sem esperar nada, em um domingo melancólico, pois, assim, mais risadas serão garantidas.

Cinema com Rapadura Team
@rapadura

Compartilhe

Saiba mais sobre