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OPINIÃO   segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dragon Ball Z – O Renascimento de Freeza (2015): um fraco retorno

O aguardado reencontro de Goku e Freeza deve decepcionar os fãs mais antigos, mas agradar a nova turminha.

021239.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxxQuando uma grande franquia de sucesso migra da telinha para a telona, é costume perguntar se o novo material irá se sustentar sozinho ou precisará de um prévio conhecimento. Foi assim com o recente “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses” (2013), que neste aspecto demonstrou certa carência, pelo fato dos chistes rimarem com o jeito dos protagonistas, ainda que transmitisse de maneira expositiva óbvias informações do cânone do anime.

Diferente deste “Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza”, que parece ignorar qualquer apresentação e traz como foco a volta do vilão mais icônico da série, que por sinal é o único que tem sua história apresentada através de alguns flashbacks.

Reaproveitando novamente o mote das Esferas do Dragão, onde, através do desejo de seu remanescente exercito, Freeza é ressuscitado por Shenlong. E tem agora um objetivo: se vingar daqueles que o mataram, ou seja, Goku e companhia. Desta vez o monstro está mais forte e apresenta uma nova forma de luta, assim como o próprio Kakaroto e o impagável anti-herói Vegeta. Estes que treinam com os inimigos do longa anterior, Bills e Wiss. Contando com um incrível número de guerreiros, Freeza ataca a Terra e a partir daí se inicia um combate incessante contra o sayajin e seus amigos.

Dessa forma, apostando basicamente nos confrontos, o diretor estreante Tadayoshi Yamamuro concebe batalhas de maiores proporções territorial, mas fica devendo quando se fala em impacto. Tendo o público infantil como alvo principal, a fita não abre margem para nenhum duelo com maior grau de violência ou mesmo uma trama mais interessante. Até mesmo as gags cômicas mostram-se bobinhas, são poucas as tiradas realmente hilárias, e quando surgem estão diretamente ligadas a persona das figuras aludidas.

A qualidade gráfica da animação mantém o bom nível de definição da obra anterior, mas está aquém na movimentação das cenas. A concepção visual das novas formas do herói e do vilão soa pouco inspiradora, se limitando a dar apenas novas tonalidades de cor. Já a dublagem brasileira dirigida por Wendel Bezerra, que escalou todas as vozes já conhecidas do anime original, mostrou-se novamente excepcional. Todos os dubladores levam a sério o trabalho porque gostam e respeitam os personagens que interpretam.

No mais, “Dragon Ball Z – O Renascimento de Freeza” é um filme que deve divertir o publico infantil e até agradar marinheiros de primeira viagem, por sua proposta simples e despretensiosa, mas que dificilmente deixará satisfeito os antigos fãs do anime. Até porque, dos quinze longas e seis OVAs já produzidos, tivemos produtos mais audaciosos. O lado bom disso tudo é a celebração em escala mundial da clássica e querida franquia de Akira Toriyama, que ainda vai dar muitos frutos – o caso da nova série “Dragon Ball Super“, que continua os eventos pós-Majin Boo e tem data de estreia ainda para esse ano.

Wilker Medeiros
@willtage

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