Cinema com Rapadura

Acme   quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ferris Bueller é o profeta de uma geração. Todos precisam de férias!

Em uma época onde nos preocupamos mais com trabalho e afazeres do cotidiano, nos esquecemos totalmente como é bom tirar alguns dias de folga.

Vivemos na geração internet, cercados de e-mails, twitters, sites, blogs e podcasts. Quando percebemos, o dia que acaba de começar, já acabou. Assim vão passando as semanas, meses e anos. Quando olhamos para trás, notamos que pouco aproveitamos e pouco realizamos aqueles sonhos de conhecer lugares que sempre quisemos visitar. O que aconteceu com as pessoas? Nas décadas de 80 e 90 nós viajávamos mais. Gostávamos de pegar a estrada com a família e amigos. Hoje, ficamos trancados em casas e shoppings.


Quem nunca fez isso no chuveiro? Ou quis cantar na rua feito louco?

Quando dizem que Ferris Bueller é um profeta e é idolatrado por isso, eles não estão errados. Em uma época onde curtíamos muito mais do que hoje, ele já alertava para um mal que a humanidade seria assolada: o sedentarismo e o comodismo com a situação. “Curtindo a Vida Adoidado”, de 1986, não é apenas um clássico da Sessão da Tarde, é um tapa na cara daqueles que deixaram o tempo passar e que pouco aproveitaram. E o mais interessante: independente da idade, você ainda pode correr atrás.

O filme se passa no último semestre do curso do colégio. Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com a namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Mas para poder realizar seu desejo, ele precisa escapar do diretor (Jeffrey Jones) do colégio e de sua própria irmã (Jennifer Grey).

A história é simples, um reflexo de uma época e ainda consegue ter um grande poder. O falecido diretor John Hughes conseguiu transformar esse filme no ícone da geração anos 80 pela sua premissa básica: estamos deixando o tempo passar e nada fazemos para mudar. O divertido longa nasceu para dar um tapa na cara e dizer que ainda dá tempo de recuperar o tempo perdido.


Quem nunca teve vontade de pegar o carror e sair por aí com os amigos?

A ideia do filme não gira em torno apenas do comodismo, mas no que a sociedade se transformou. Em clássica passagem na escola, o professor ensina de forma monótona uma matéria que deveria ter vida, mas acaba deixando os alunos entediados e dormindo (literalmente). Professores que deveriam ter paixão por dar suas aulas, fazem aquilo de forma cansada e chata. Que aluno vai querer aprender dessa forma? Com isso, “Curtindo a Vida Adoidado” mostra-se muito mais do que uma comédia rasteira e passageira.

O final do filme é um marco e Ferris repete a seguinte frase: “A vida passa rápido demais; e se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo”. Que tal escolher um dia do seu mês e tirar um #FerrisDay? Faça algo que nunca fez ou que sempre quis fazer. Saia do normal, do cotidiano. Aproveite, pois a vida é curta demais para ficarmos apenas sentados e conectados a um mundo virtual.

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Jurandir Filho
@jurandirfilho

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